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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Mar, nunca “um mar de gente”

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publicado em 19/11/2024 ás 07h00
atualizado em 19/11/2024 ás 09h13

Não será um espanto dizer que, até ter sido divulgado o Prêmio Nobel de Literatura de 2024, eu nunca ouvira falar de Han Kang (foto),  e ela é bela.. Mas claro que a circunstância desperta-me um interesse espontâneo. Adoro conhecer alguém, ir além.

Primeiro por ser coreana, um país do extremo oriente de que sabemos pouco ou nada, já é um tanto de arte, principalmente uma mulher. Já que as marcas dos automóveis há muito circulam pelas nossas cidades, mas isso é outra velocidade.

Mulher, mulher, mulher. Apregoemos a tua igualdade mas ser mulher continua a ser uma desvantagem, uma desvantagem vírgula, as mulheres representam o que existe de mais precioso no Planeta. Nem todas, claro.

Porque, se tanto assim não for hoje, há ainda pouco tempo não teve as mesmas oportunidades.

Finalmente por ser nova e ter apenas 53 anos de idade, Han Kang já é top, mas essa palavra top é boba. Como Albert Camus disse no seu discurso de 10 de Dezembro de 1957, “como é que um homem quase jovem, apenas rico das suas dúvidas e de uma obra ainda em construção” ou, neste caso, como é que uma mulher coreana chega ao Nobel. Chegando.

Vi no elevador do hotel em que nos hospedados em Recife, uma coreana com um livro de Han Kang. Nada perguntei e olha que sou curioso. A senhora olhava o mar  da praia da Boa Viagem do espaço do elevador panorâmico. Ela, certamente como eu, prefere o mar, a um mar gente. “Perto do mar, longe da cruz”

Ainda bem que o Nobel conserva respeitabilidade, ainda não é atribuído aos prolíferos escritores que enxameiam redes sociais e  amontoados em livrarias. É o pau que tem hoje. Mas não era sobre isso eu queria escrever hoje.

Eu queria esquecer fazer um ensaio sobre a frase que São Paulo –  de acordo com a Bíblia, 1 Coríntios 7:38 diz que “o que se dá em casamento faz bem; mas o que não se dá em casamento faz melhor”

No Recife, fomos a um casamento na Capela do Instituto Ricardo Brennand e me senti num Capitólio, num cinema, numa visita ao Éden  –  do mar se diz terra à vista, né?

Ah, sobre Janja, ela não é uma anja. Mas quem é ela?

Kapetadas

1 – O epitáfio é a última chance de alguém ter a última palavra.

2 – Até o terrorismo brasileiro é diferente: quem morre é o terrorista.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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