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Francisco Leite Duarte é Advogado tributarista, Auditor-fiscal da Receita Federal (aposentado), Professor de Direito Tributário e Administrativo na Universidade Estadual da Paraíba, Mestre em Direito econômico, Doutor em direitos humanos e desenvolvimento e Escritor. Foi Prêmio estadual de educação fiscal ( 2019) e Prêmio Nacional de educação fiscal em 2016 e 2019. Tem várias publicações no Direito Tributário, com destaque para o seu Direito Tributário: Teoria e prática (Revista dos tribunais, já na 4 edição). Na Literatura publicou dois romances “A vovó é louca” e “O Pequeno Davi”. Publicou, igualmente, uma coletânea de contos chamada “Crimes de agosto”, um livro de memórias ( “Os longos olhos da espera”), e dois livros de crônicas: “Nos tempos do capitão” …

“Quatro linhas é o “c…”

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publicado em 22/11/2024 ás 07h00
atualizado em 21/11/2024 ás 20h42

 

A linguagem era essa, a do General e ex Secretário da Presidência, um dos presos e ponte entre a alta cúpula do governo Bolsonaro, os militares e os manifestantes acampados em quarteis após as eleições de 2022.

A estripulia criminosa fora engendrada pela extrema direita brasileira e incluía o assassinato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-Presidente Geraldo Alkmin (PSB), de Alexandre de Morais (STF) e, sabe-se lá quem mais, afinal plano dessa natureza é como diarreia, sempre deixa um rastro bem fedido para trás.

É o que consta de um relatório minucioso, de 221 páginas, da Polícia Federal, no bojo da Operação Contragolpe.  O plano golpista fora planejado por um general da reserva, três militares das Forças Especiais do Exército, os chamados “Kids pretos”, e de um agente da própria Polícia Federal, sem contar, naturalmente, dos mentores e beneficiários desse despudorado e criminoso atentado à vida de pessoas e ao Estado democrático de direito.

A coisa é realmente explosiva e merece punição exemplar. Para o assassinato das autoridades eram previstos pistolas, fuzis, metralhadoras, bazucas, granadas. No caso específico de Lula, dada a fragilidade da sua saúde e da sua idade, até veneno serviria.

O planejamento operacional da organização criminosa se chamava “Punhal Verde e Amarelo”. Que nome brega! Breguíssimo, próprio de quem ainda vive em 1964, com medo do comunismo e de que ele come criancinhas. Mentecaptos golpistas, um horror!

O de se admirar é como homens e mulheres que se dizem do bem, cristãs, protetores da família e dos bons costumes, defendem criminosos dessa espécie, sobretudo sabedores que a história do Brasil é permeada por golpes miliares. Que incenso é esse que esse povo cheira ou fuma nesses grupos dos tios do zap? Sei não, viu?

De qualquer forma, a democracia é outra coisa e resistiu eficientemente. Finalmente um dos gorilas mais extremistas da direita brasileira é preso por tentativa de golpe Estado. Faltam os outros malfeitores.

@professorchicoleite

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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