João Pessoa, 24 de novembro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A vida moderna nos bombardeia com informações, convites e opiniões. As redes sociais, ferramentas inicialmente criadas para conectar, muitas vezes se tornam um campo minado de comparações, frustrações e cobranças. Um feed infinito de perfeições artificiais pode minar a nossa autoestima e nos deixar esgotados.
Silenciar os ruídos externos, de alguma forma, parece um ato de rebeldia. Um ato de autopreservação. Mas não é falta de maturidade, muito pelo contrário. A capacidade de reconhecer nossos limites e de nos afastarmos do que nos afeta negativamente é um sinal de grande inteligência emocional.
Bloquear perfis, esconder atualizações, deixar de seguir quem não nos agrega… essas ações não são demonstrações de fraqueza. São escolhas conscientes de quem prioriza a saúde mental. São atos de autocuidado.
Não é preciso se submeter à pressão de estar sempre conectado, de se manter atualizado sobre a vida alheia, de participar de todas as conversas. A verdadeira conexão é aquela que nos nutre, que nos traz paz e não nos consome. A inteligência emocional nos guia na arte de escolhermos nossas batalhas, inclusive a batalha contra o excesso de estímulos.
Escolher a paz não é fugir dos problemas. É saber reconhecer quando é hora de respirar, recarregar as energias e voltar com mais força, mais clareza e mais amor-próprio. Afinal, cuidar de si é o primeiro passo para cuidar dos outros.
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024