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‘Não é justo trabalhar em troca de comida’, diz João sobre exploração na orla

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publicado em 03/12/2024 ás 11h43
atualizado em 03/12/2024 ás 12h00

A denúncia de exploração de mão de obra e trabalho escravo na orla de João Pessoa, feita pelo prefeito Cícero Lucena (PP) deve ser encaminhada e apurada pelo governo do estado nos próximos dias. Nesta terça-feira (3), o governador João Azevêdo (PSB) comentou sobre a gravidade da denúncia e afirmou que não é justo que as pessoas que trabalhem em troca de comida.

João disse que esse tipo de prática não pode ser aceita e que vai atuar para combate-la. “Nos vamos receber o material que o prefeito levantou, para que nossa área também possa atuar. Não se deve admitir esse tipo de trabalho, logicamente. Pessoas que trabalham, em troca, muitas vezes da própria comida. Isso não é justo”, afirmou o governador.

A declaração foi dita durante uma entrevista na cerimônia de entrega de novas viaturas para as forças de segurança da Paraíba.

Denuncia

A denúncia foi feita por Cícero Lucena (PP), prefeito de João Pessoa, nessa segunda (2). Segundo ele, existe um esquema de exploração de mão de obra e trabalho escravo na orla da capital paraibana.

“São empresários que têm um estoque para vender e praticamente contratam pessoas que não são vendedores ambulantes como trabalhadores escravos, sem nenhuma carteira assinada, sem nenhum compromisso. Isso é que nós não vamos admitir em hipótese alguma”, disse Cícero.

“Tenho certeza que o Ministério Público do Trabalho vai estar atuante, e toda a inteligência da Polícia Militar, Polícia Civil e da Municipal, ficar atento a esses gananciosos que querem tirar proveito de pessoas que nem carteira assinada têm e bagunçar a nossa orla, trazendo prejuízo para todos nós. Porque se nós não preservarmos, quem vai ficar desempregado são os trabalhadores dos hotéis, bares, restaurantes e receptivos da nossa cidade”, completou ele.

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