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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Fim da hegemonia

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publicado em 08/10/2011 ás 08h43

Não foi apenas um desabafo de um deputado magoado com um problema paroquial na sua base política. A entrevista bombástica de Gervásio Filho ao Correio Debate (Rádio), ontem, tem outras faces e dimensões bem mais complexas do que a vã filosofia maranhista possa calcular ou avaliar.

A intrepidez do discurso crítico de Gervasinho, apesar de, em tese, motivado por uma questão localizada, ganha contornos gerais e é o marco da abertura da primeira e consistente dissidência dentro do PMDB desde o início da Era Maranhão.

E se equivoca quem presume que o flanco aberto se restringe ao deputado de Catolé do Rocha. A tempestade vem no momento em que o PMDB perde um de seus mais atuantes deputados por idênticas razões. O comando maranhista, antes uma unanimidade, começa a ser questionado explicitamente, sem maiores temores.

A gota d’água externada publicamente é o estopim que faltava para a deflagração concreta de um movimento de renovação da direção estadual peemedebista, gerida com a férrea centralização do ex-governador.

Não haverá surpresa se outros nomes de proa do PMDB se juntarem a Gervásio professando respeito por Maranhão, porém insuflando a defesa da mudança de comando peemedebista como único meio capaz de conter a crise que começa já em estágio agudo.

Habilidoso e testado pacificador, pode até ser que Maranhão amanse o filho de Gervásio Maia, recém-assumido prospectador de apoios pelo fim do domínio maranhista, mas dificilmente domará o sentimento de mudança que já não pertence mais a, ou só, um personagem do PMDB. Até quando Maranhão remará contra essa maré?

Reflexão
Nas últimas horas, duas dúvidas pairaram sobre a cabeça do ex-líder do Maranhão III. Deixar o PMDB de uma vez ou esperar pelo fim do ciclo maranhista?

Por um triz 
Gervásio andou ouvindo muitos conselhos. Por ora, descarta saída do partido. Jogou sua decisão nas mãos dos “caciques” do PMDB. Se a renovação não prosperar…

Veneziano tenta apagar as chamas
Em contato com a coluna, o prefeito Veneziano Vital admitiu preocupação ao tomar conhecimento do teor da inflamável entrevista de Gervásio. “Vamos tentar usar a serenidade para construir a solução destas questões”. Vené prometeu ontem mesmo entrar em campo com a ajuda do líder da Oposição, André Gadelha.

Maranhão leva susto
Contactado pelo Portal MaisPB, o ex-governador Maranhão não escondeu a surpresa ao saber através do site o nível das críticas (jogo e armação) disparadas por Gervasinho contra a direção do PMDB. Demorou alguns segundos para acreditar no que ouvia.

Trócolli ganha testemunho público
Gervasinho saiu em defesa do ex-colega de partido, Trócolli Júnior. Para Gervásio, Trócolli também viveu um processo de exclusão e falta de reciprocidade partidária no projeto de disputar a Prefeitura de Cabedelo. Discretamente, deu razão ao dissidente.

Vôo livre
Até o fechamento desta edição, o deputado João Gonçalves não escondia a sede de deixar a gaiola tucana e beber a água nova do PSD de Rômulo Gouveia.

À la Peninha
A vereadora pessoense Raíssa Lacerda criou muita expectativa em torno da filiação de outros vereadores, porém terminou ficando sozinha no seu PSD.

Alinhamento
De última hora, o vereador Dinho, ex-PRP, decidiu desembarcar no PR. Vai formar chapa com o João dos Santos e Sales Dantas. E deve votar em Agra.

Decidida
A petista e engenheira Giucélia Figueiredo não será candidata à prefeita de Bayeux. “Qualquer comentário a esse respeito é pura especulação”, garante.

Seguro-defeso
O deputado Anísio Maia (PT) desafiou Abraão Lincoln, da Confederação dos Pescadores, a apresentar qualquer prova contra sua gestão na Pesca.

Sem barreiras
Ao repórter Carlos Sousa (Correio Sat), o senador Vital Filho (PMDB) revelou não fazer objeção em dividir o palanque com o ex-governador Cássio.

Circunstâncias
Vitalzinho citou o exemplo do quadro de 2012 em João Pessoa e não viu problema em, assim como Cássio, pedir votos para o senador Cícero Lucena.

Um trauma
Para suspender a votação da MP do Trauma, o desembargador Romero Marcelo acatou o argumento da Oposição de desrespeito ao quórum qualificado.

Sem efeito
Para o procurador Gilberto Carneiro, a decisão de suspender o processo legislativo perdeu o objeto. “A lei já foi sancionada no Diário Oficial do Estado”.

Caminhos opostos
Os irmãos Fábio e Ariano Fernandes racharam em Mamanguape. Fábio vota com a reeleição de Eduardo Brito e contra a pré-candidatura do mano Ariano.

PINGO QUENTE“Dos males, eu sou o menor”. Do carismático anão e pré-candidato a vereador Santino, antecipando slogan da sua campanha a vereador pelo PT do B, partido ao qual se filiou ontem em João Pessoa.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

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