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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Querer não á poder

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publicado em 10/12/2024 ás 07h00
atualizado em 10/12/2024 ás 11h24

Que tal um pouco de Hamlet? Não, não sei nada de Shakespeare. Sei dançar.

Dancei como um jovem príncipe, que falava com o fantasma de seu pai, alegando que seu próprio irmão, casado com sua viúva, o assassinou. Parece que foi ontem, mas o plano do príncipe era criar a veracidade da acusação.

Gostaria de ter o poder mutante de ver o futuro, só para rir por último com Otelo, o Mouro de Veneza.

Eu não sei o que Lázaro fez para merecer morrer duas vezes. Mas sei porque Macunaíma já nasceu sabendo. Nasci lá e me criei onde moro, no mundo. O mundo inteiro é Hamlet.

Pertenço a outro mundo. Onde está o espírito que me protegia, as casas onde dormi se nada vem dali, de lá.

Eu gosto da cristaleira, sou um petisqueiro ambulante, mas não vou ao enterro da última quimera. Com esforço, ainda estou na ladeira.

Caçador de mim, adoro esse deus que protege os bons e os ruins.

Às vezes saio vou ao supermercado ver as flutuações dos preços e compro um queijo de cabra barato, esbarrando na validade. Faz escuro, mas eu como.

No mercado, o mamão formosa está a 4 reais o quilo. No jardim, as mangas espadas se espalham em abundância. Nós também somos do mato, do timbu e da coruja.

Preciso voltar para outro lugar.

Quando saio e não vou, volto para algo que me estabiliza e novamente me assento. Tomo remédio para não ficar triste, mas a tristeza é senhora.

Não fico mais bravo, mas bravo! bravo!  Não existe culpados, nem cupidos.

Sim, eu digo não.

Que tal um pouco de Hamlet?

Algo a compreender.

Quando olho já é terça-feira, sonho, acordo e volto a viver outra vez ao meu lado.

Vida, amor e coragem.

Que tal um pouco de Erasmo? Não, nem toda loucura é bobagem.

Kapetadas

1 – Uma coisa que pretendo fazer adiante, ouvir mais que falar. Fui alertado várias vezes sobre determinados condutas e os alertas estavam certos. Sei que é importante ouvir mais que falar, como fiz e acabei pagando pra ver. Mas é aquilo, onde há fumaça…

2 – Desculpe, mas querer não é poder

3 – A semana passada tivemos uma prova clara do poder que tem o silêncio. #jeniffercastro

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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