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Setor elétrico se recupera e conta de luz deve ficar sem taxa extra

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publicado em 15/12/2024 ás 17h42
atualizado em 15/12/2024 ás 17h49

Depois da seca recorde em 2024, o setor elétrico começa a se recuperar com o retorno do período chuvoso. A expectativa é que o clima mais ameno em 2025 ajude a manter a conta de luz sem taxas extras durante a maior parte do ano.

Segundo especialistas, a perspectiva é que o próximo ano tenha menos picos de calor e mais chuvas durante o verão. Isso deve exigir menos do sistema elétrico, o que leva à manutenção da bandeira tarifária no patamar verde na maior parte do próximo ano.

Entenda

O sistema de cores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sinaliza as condições de geração de energia.

Se chove pouco e as hidrelétricas geram menos, é preciso acionar usinas termelétricas, que são mais caras. Por isso, a Aneel aciona as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2, com taxas extras na conta de luz.

O que dizem os especialistas?

“A nossa expectativa é de bandeira verde o ano todo, com exceção de agosto e setembro, que vai para a amarela. Tirando esses dois meses que vai para amarela, é um ano que por enquanto está mostrando bandeira verde em todos os períodos”, afirmou a diretora de Regulação e Estudos de Mercado de uma empresa de energia, Mayra Guimarães.

O meteorologista Alexandre Nascimento, afirma que as chuvas na segunda quinzena de dezembro devem ajudar a aumentar os níveis de armazenamento do Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo ele, é um movimento de recuperação.

“Boa parte do solo brasileiro, principalmente onde estão os principais reservatórios, funcionam como uma esponja. Então, as primeiras chuvas funcionam para ir selando o solo, para depois receber as chuvas que vêm adiante, e aí depois qualquer pancadinha já repleciona o reservatório”, declarou.

Nascimento explica que, em 2025, deve-se formar um La Niña de baixa intensidade. Esse fenômeno climático geralmente está associado a chuvas acima da média no Norte e Nordeste e abaixo da média no Sul. Contudo, para o meteorologista, um La Niña com menos intensidade e mais curto não deve implicar seca no sul do país.

A consequência é um clima mais ameno, com menos ondas de calor como as de 2023. Isso ajuda o setor elétrico por dois motivos: menos consumo associado ao calor (como uso de aparelhos de ar-condicionado e de refrigeração); menos perda de água por evaporação nos reservatórios das hidrelétricas.

MaisPB com G1

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