João Pessoa, 17 de dezembro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Sorte do anônimo e do invisível contra quem, contra ninguém, contra a si mesmo. Vi uma vocacionada da lei PB pronunciar três vezes o nome Fucouty se referindo ao escritor Foucault (pronúncia em francês) e sua colega a perguntar: quem vai será a (o) proximal se no final, babau, já que segundo se diz, o australopitecu dispara sem nada a perder. Um é gaiato, outro é gamado e aquele é gabarito. É por aí..
Se, por acidente, você se deparar com uma colega ou colega, aliás, colegas são todos que não são amigos, não é? Não, acho que colega e colega são oxigenados.
Tinha acabado uma conversa no Boteco da Língua Morta na avenida General Osório, enquanto filmava uma insólita democracia que não funciona, quando vejo o poeta Pinto de saiint-tropez de braços dados com Zezé e Ariano Sussuarana, na festa de Sant’Ana.
Segundo as apuradas regras do jogo, uma dezena de trogloditas passa pelas ruas do Shopping Centro Histórico, com o estatuto da mão-boba e a mentalidade do Jacu.
Menos rápido do que a luz, uma escritora nova pintou no pedaço, D. Jaburu, que sabe tudo, sabe nada, e não soube dizer se sabia do livro ´Cem Anos de Solidão´ de Gabriel Garcia Marquez. Dona Alexandrina disse que a solidão é a melhor coisa do mundo. Cadê Raymundo, Francisco Tabosa?
Do outro lado do orelhão, um tal de Abreu, que inventou a abreugrafia e ainda foi indicado ao Prêmio Nobel em 1950, tinha acabado de ver ´Ainda Estou Aqui´ de Walter Salles. e afirmou que o artista principal, Rubens Paiva, deveria ter voltado no final da filme. Tal criatura anda com a chave do carro rodando no chaveiro.
A donzela Julieta tomou o resto do veneno, mas não morreu – tirou a abotoadura e mandou uma mensagem numa garrafa de Ballantines, certamente, se achando abelhuda, dando seu palpite salafrário sobre o grande amor APaul Macondo. Hoje, as pessoas não dizem mais uma ova, elas dizem tô por fora.
Lá perto de Lisboa, se diz: não vá o sapateiro além da chinela. Quem merece uma chinelada na buda? Acabrunhada a escritora Jaburu fez um discurso abobado.
Depois disso, do dito não dito e não tenho dito, ficou o vazio, que nem a chuva lançaria mais areia do Saara sobre os automóveis de Jampa.
A romanceira, conserva-se na escaramuça, na inutilidade da classe literária. Saudades de Balila Palmeira, ela sim deveria ocupar a cadeira deixada pelo jornalista Cal Tropical na APL, mas estão falando que o vencedor será Tony Show.
A bobeira se eternizou. Naquele tempo, elogiavam as criaturas cultas e malditas e desdenhavam delas por trás. Hoje é bem sutil. Falam mal de Zumbi e Zabé e aparecem na fita como divas neurastênicas escandalosas e ensaboadas. E olha que não estamos falando dos porões carregados de facínoras, dos falsos profetas que tentam se regenerar, mas são os piores pedófilos da paróquia a difundirem a fé.
Muitos vão na Barca Piriri ou fazem de conta que sabem ser sabidos, e se juntam aos patavinas, os mais submissos do ó do borogodó. Sucessivas gerações não leem e desde já são todos tops do urinol, como a escritora que lançou seu romance meliante numa livraria de Cuba, mas nunca leu Cem Anos de Solidão.
A metrópole Jampa teima em valsar nos salões, ao som distorcido de velhos instrumentos bacurais, sob o metal oxidado dos candelabros e soltam pum em público frouxos de rir. Quem foi, quem foi?
As joias foram esquecidas para sempre nas casas de prego sem que houvesse dinheiro para o resgate. Já a agiotagem corre o risco aristocrático e incomensurável de dar com os burros n´água. Ô mundo cruel
Xongas? Ah! sim significa não!
Kapetadas
1 – O acordo é o seguinte: ninguém é obrigado a concordar com ninguém.
2 – Meu viés é não julgar todos, sobretudo os endeusados
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APTTOS PARA POSSE - 16/12/2024