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Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Comércio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

A lista de João

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publicado em 18/12/2024 ás 16h46

A despretensiosa e surpreendente declaração do governador João Azevedo aos jornalistas Heron Cid e Wallison Bezerra do site Mais PB anunciando a uma lista de equipamentos públicos a serem concedidos à exploração pela iniciativa privada como estádios de futebol, centro de convenções e até o hotel Brejo das Freiras no Alto Sertão, ressuscitou o ferrenho debate sobre a privatizar ou estatizar.

O posicionamento firme e seguro do governador deixaram estupefatos defensores de empresas públicas sem entender o que levou um governador de linha ideológica de esquerda em implantar essas concessões públicas por meio de parcerias público-privadas (PPPs) que eles chamam de “privatização branca”.

Afinal, o que levou João a desencadear, possivelmente, uma onda de concessões em todo o estado ressuscitando o surrado e conflitante tema Estatização X Privatização? Entendo ser de bom alvitre, antes de responder esta indagação, esclarecer literalmente a diferença entre privatização e concessão pública que o forte embate ideológico teima em embaçar e confundir toda a sociedade através de narrativas inconsistentes e distorcidas.

Exemplos emblemáticos de privatização aconteceram aqui na Paraíba com o PARAIBAN e a SAELPA, empresas públicas que foram vendidas para a iniciativa privada. Quanto à concessão pública, ocorreram com os aeroportos de João Pessoa e Campina Grande onde esses dois equipamentos aeroviários foram cedidos, através de leiloes, a sua exploração para atividade privada por um valor e um prazo determinado que ao fim do contrato de concessão esses aeroportos voltam ao domínio do Governo Federal.

Ao justificar a sua decisão em adotar as PPPs na Paraíba, João foi extremamente cirúrgico ao afirmar que “essas atividades, hoje geridas pelo estado, cabe muito mais a iniciativa privada” dando a senha, quem sabe, para deslanchar um grande programa de concessões públicas. Uma atitude inteligente que além de aliviar os cofres públicos permitem novas receitas para custear melhor a atividade-fim do estado.

Importante registrar que por trás desta decisão de passar a para a iniciativa privada por meio de concessão pública a exploração de equipamentos e empresas públicas está um gestor com os pés no chão que fez o dever de casa saneou as contas públicas conseguindo catapultar a Paraíba para o topo das agências classificadoras de risco financeiro, rating A na Secretaria do Tesouro Nacional, e rating AAA da Standard & Poor’s. Uma proeza inédita para um estado que, lá atrás, o funcionário público tinha que fazer um empréstimo bancário para receber o seu 13° salario.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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