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Educador físico, psicólogo e dvogado. Especialista em Criminologia e Psicologia Criminal Investigativa. Ex-agente Especial da Polícia Federal Brasileira, sócio da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas e do Instituto Brasileiro de Justiça e Cidadania. Autor de livros sobre drogas.

Adote a desconexão digital saudável

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publicado em 24/12/2024 ás 07h00
atualizado em 23/12/2024 ás 21h18

Certamente não há dúvidas, que a conexão exagerada às telas é prejudicial à saúde dos seres humanos. E convencer as pessoas, especialmente os jovens, a se desconectarem, mesmo que seja por apenas algumas horas diárias, não é tarefa das mais fáceis.

O uso excessivo de dispositivos digitais tem se tornado cada vez mais uma preocupação dos especialistas, já que afeta significativamente a saúde mental e também física dos usuários. Dentre os possíveis prejuízos estão os distúrbios do sono, das funções neurológicas, o comprometimento das relações interpessoais e até mesmo a produtividade.

É necessário admitir a dificuldade da convivência social na sociedade moderna desconectado das redes sociais, mas, ao mesmo tempo, não dá pra negar que, apesar das facilidades que as conexões digitais oferecem, alguns efeitos colaterais desagradáveis, e não saudáveis que afetam os usuários compulsivos. O surgimento do estresse, o esgotamento mental, a ansiedade e até mesmo dificuldades em estabelecer limites entre a vida pessoal, familiar e profissional, são alguns desses efeitos.

Assim sendo, e visando preservar a saúde física e mental de toda a legião de conectados às redes digitais, alguns especialistas chamam a atenção para a necessidade de uma desconexão saudável, pois, segundo estes, esta seria a forma mais eficiente para o restabelecimento do bem estar e do equilíbrio físico e emocional.

Nesta direção, relato uma boa notícia: uma pesquisa nacional realizada pela VTrends, o hub de insights e pesquisas da empresa de telefonia Vivo, publicada pela revista Veja da editora Abril, mostra que 30% dos brasileiros pretendem utilizar a tecnologia de forma mais equilibrada no próximo ano. Essa percepção, segundo a referida pesquisa, é ainda mais expressiva no público jovem de faixa etária entre 18 e 24 anos.

Assim, selecionei algumas estratégias e ou iniciativas que segundo alguns estudos relacionados ao tema em epígrafe, podem ajudar aos interessados a iniciarem a desconexão digital, e, consequentemente, trazer benefícios para a saúde física e mental: 1. Criar zonas livres de tecnologia, evitando portar celulares no quarto – isto ajudará a mente a relaxar e, consequentemente, preparar o corpo para o sono; 2. A prática de meditação e ou outras atividades relaxantes como: leitura, caminhadas ao ar livre etc., são exemplos de atividades que ajudam a reduzir os níveis de cortisol, hormônio do estresse; 3. Criar o hábito de mais momentos off-line na rotina diária irá facilitar a reconexão com amigos e familiares, melhorando as interações entre todos; 4. Estabelecer horários específicos para ficar conectado às redes sociais e dispositivos eletrônicos, delimitando pausas regulares, também são iniciativas úteis que ajudam a melhorar a concentração e até mesmo a produtividade; 5. A desconexão digital também ajudará a criar oportunidades de retorno a hobbies, como esportes, pintura, jardinagem etc., que tenham sido deixados de lado nos últimos tempos.

Ademais, como bem afirmam os especialistas, a prática da desconexão digital não exige mudanças drásticas, mas, ajustes simples, como evitar acessar a rede social ao ir para a cama, logo ao acordar ou durante as refeições, por exemplo. Ou seja, a adoção de uma conexão digital mais equilibrada e consciente não significa abrir mão da tecnologia, mas sim, usá-la de uma forma que possa continuar usufruindo os benefícios do mundo digital, sem prejudicar o bem estar social e familiar.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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