João Pessoa, 31 de dezembro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
É sabido que, na verdade, não existe ano novo de fato. Esta mudança numérica é apenas uma contabilidade da passagem do tempo. Mas, acho importante a existência desta cultura que adota a nomenclatura de ano novo, pois isto estimula os seres humanos a se reprogramarem, a reiniciarem ou mesmo iniciarem ações e projetos há tempo planejados e ainda não executados. É uma oportunidade também para as pessoas renovarem a si mesmas, com novas ideias, sairem da acomodação, transformando-se em seres humanos melhores, dando um novo sentido à própria vida e às relações familiares, sociais e laborais.
A Bíblia Cristã diz em Romanos 12:2: “E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, as virtudes teologais “têm como origem, motivo e objecto imediato o próprio Deus”. Assim, quando estas são infundidas nos seres humanos, fundamentam e animam o agir moral do indivíduo, vivificando as virtudes humanas.
Ainda de acordo com alguns relatos bíblicos: “…as virtudes teologais existem como complemento às virtudes cardinais e são três: Fé, Esperança e Caridade. E é notório que tais virtudes ficam bem mais presentes nas pessoas neste período do ano.
Desta forma, pela Fé, os cristãos creem em Deus, nas suas verdades reveladas e nos ensinamentos da Bíblia, visto que Deus é a própria Verdade.
A segunda virtude teologal, a Esperança, por meio dela, os crentes, por ajuda da graça do Espírito Santo, esperam a vida eterna e o Reino do céu, colocando a sua confiança perseverante nas promessas de Jesus Cristo.
Já a Caridade, que para muitos se confunde com o próprio amor, segundo alguns teólogos, é por meio desta que o ser humano pode demonstrar amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, por amor do Criador.
Assim sendo, e por me encontrar também inevitavelmente invadido por este clima de final de ano, quero refletir um pouco sobre esta segunda virtude teologica, ou seja, a Esperança, pois, na minha visão, sem esta a vida dos seres humanos seria como um filme em preto e branco e sem motivação para ver o final.
Certamente a Esperança é o combustível que nos impulsiona para as soluções das nossas tarefas diárias e especialmente para a caminhada rumo ao Deus todo poderoso. E, reafirmo, sem sombra de dúvida não há período mais propício para alimentar este sentimento que o mês de dezembro, pois, é quando os cristãos comemoram o nascimento do “Menino Jesus” e também é finalizado o ano, para recomeçar um “novo ano”.
Espero e rogo a Deus que o Natal que acaba de passar e o advento do novo ano, invadam todos os corações humanos, multiplicando em cada um dos filhos e filhas do Criador, sentimentos como: amor, fraternidade, educação, fé, união entre as famílias, respeito às crianças e aos idosos, perseverança, afetividade, alegrias, novas amizades, compaixão, felicidade, humildade, paciência e fraternidade. E, assim sendo, robustecidos de todas essas virtudes, sejam então diminuidos os sentimentos danosos ao bem viver da humanidade, como: violências, ingratidão, sofrimentos, desigualdade social, uso indevido de drogas, desrespeito, vaidades, difamações, arrogância, corrupção, dúvida, egoismo, orgulho, frustrações, indecisão, luxúria, mágoas, solidão e tantos outros que só provocam desesperança, sofrimento e doenças.
Assim, o meu desejo e as minhas orações são para que o Criador presentei a todos os seres humanos, inundando os seus corações com a mais pura e repleta virtude – Esperança.
E, prá não quebrar a tradição: Feliz ano novo!
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VÍDEO - 02/01/2025