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Graduada em direito e pós graduada em direito criminal e família, membro da academia de letras e artes de Goiás, tenho uma paixão pela escrita Acredito no poder das palavras para transformar realidades e conectar pessoas

O absurdo normalizado

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publicado em 06/01/2025 ás 12h39
atualizado em 06/01/2025 ás 12h40

Nos últimos anos, as redes sociais se tornaram um verdadeiro palco para os absurdos do cotidiano. É como se estivéssemos vivendo em um cenário surreal, onde o que antes era considerado impensável agora se tornou banal. Às claras..

A normalização do absurdo não é apenas uma questão de comportamento individual; é um reflexo de uma cultura que valoriza a superficialidade e a imediata satisfação dos desejos. A ética, antes considerada uma bússola moral, tornou-se um conceito flexível, moldado pela conveniência e pela necessidade de aceitação social. Neste contexto, a filósofo Kant (foto) nos lembra da importância do imperativo categórico: devemos agir apenas segundo aquela máxima que podemos querer que se torne uma lei universal.

O absurdo se infiltra nas relações interpessoais. A falta de empatia diante do sofrimento do outro é justificada por discursos que promovem o individualismo exacerbado. Nas redes sociais, muitos compartilham opiniões sem considerar as consequências de suas palavras. O respeito pelo próximo e a busca pela verdade foram relegados ao segundo plano em favor da popularidade e da validação virtual. Nesse contexto, princípios éticos são frequentemente ignorados em meio ao barulho ensurdecedor da desinformação.

Devemos nos questionar: “Se todos agissem da mesma forma, isso seria aceitável?” Essa pergunta deve ressoar em nossas mentes diante dos absurdos cotidianos que tentamos naturalizar. A verdade é que não podemos permitir que o absurdo se torne norma ou rótulo. Precisamos reavaliar nossas ações e decisões à luz de princípios éticos e lembrar que cada escolha tem o potencial de moldar nosso mundo.

É hora de resgatar a ética como fundamento das relações humanas. Ser humano é estar em constante diálogo com o outro, respeitando suas dores e alegrias. Não podemos calar diante do absurdo; precisamos levantar nossas vozes e questionar as normas estabelecidas.

Neste cenário sombrio, somos desafiados a agir com coragem e integridade. É fundamental restaurar a ideia de responsabilidade mútua e solidariedade genuína. Devemos transformar princípios éticos em guias práticos para nossas vidas cotidianas.

Ao olharmos para o futuro, devemos nos perguntar: estamos prontos para recusar o absurdo? Podemos fazer isso juntos, relembrando o poder transformador da ética na construção de uma sociedade mais justa e humana.

Viva o cinema brasileiro

Como um  bom motivo de celebração, destacamos a atriz Fernanda Torres  (foto) que se tornou a primeira brasileira a ganhar o prêmio de melhor atriz de drama no Globo de Ouro, E um reconhecimento significativo que mostra o brilho do talento nacional no cenário internacional. Sua conquista nos inspira a valorizar a arte e a cultura como ferramentas essenciais na luta contra a normalização do absurdo em nossa sociedade.

Eu sou Antoinia e vou bem mais.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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