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Médicos denunciam atraso em Campina; PMCG paga dezembro

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publicado em 08/01/2025 ás 18h04
atualizado em 08/01/2025 ás 18h35

Os médicos que atuam na rede pública de saúde de Campina Grande emitiram, nesta quarta-feira (8), uma nota de repúdio denunciando os frequentes atrasos no pagamento de salários desde outubro de 2024. A categoria, composta por médicos efetivos e contratados das unidades de PSF, UPAs, Hospital da Criança e do Adolescente, Hospital Dr. Edgley e Hospital Pedro I, aponta que a situação tem gerado “grave insegurança financeira”.

Um ponto criticado pelos médicos é o fato de que, desde abril de 2024, a Prefeitura não tem repassado os recursos federais do programa Previne Brasil para a Estratégia de Saúde da Família, o que agrava ainda mais a crise na atenção primária à saúde.

A nota também denuncia a falta de clareza e informações concretas por parte da administração municipal sobre a regularização dos pagamentos, o que, segundo os médicos, demonstra a ausência de transparência e compromisso por parte da gestão municipal.

A categoria exige uma solução imediata para o problema, apontando que os atrasos salariais não são apenas uma violação dos direitos trabalhistas, mas também uma “afronta à dignidade profissional e humana”.

Em entrevista ao Portal MaisPB e ao programa HoraH, o secretário de Saúde de Campina Grande, Carlos Dunga Júnior, afirmou que os salários referentes ao mês de dezembro foram pagos nesta quarta-feira, com a liberação do sistema bancário e contábil.

Confira a nota dos médicos:

NOTA DE REPÚDIO

Os médicos efetivos das Unidades Básicas de Saúde de Campina Grande vêm a público expressar indignação diante da omissão da Prefeitura Municipal, sob a gestão do prefeito Bruno Cunha Lima e do secretário de Saúde Carlos Dunga Júnior.

Desde novembro de 2024, enfrentamos incerteza sobre o dia de recebimento dos salários e, até o momento, seguimos sem receber o pagamento de dezembro. O 13º salário, embora pago, foi realizado fora do prazo esperado. Além disso, a Prefeitura não tem repassado, desde abril de 2024, os recursos federais do programa Previne Brasil para a Estratégia de Saúde da Família, agravando ainda mais a crise na atenção primária à saúde.

Exigimos uma solução imediata para esta situação, com o cumprimento dos compromissos salariais e o devido repasse dos recursos destinados à saúde pública, garantindo respeito e valorização aos profissionais que seguem trabalhando com dedicação, mesmo diante desse descaso.

Campina Grande, 08 de janeiro de 2025.
Assinado por: Médicos Efetivos das Unidades Básicas de Saúde de Campina Grande

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