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É formado em Direito pela UFPB e exerce funções dedicadas à Cultura desde o ano de 1999. Trabalhou com teatro e produção nas diversas áreas da Cultura, tendo realizado trabalhos importantes com nomes bastante conhecidos, tais como, Dercy Golcalves, Maria Bethania, Bibi Ferreira, Gal Costa, Elisa Lucinda, Nelson Sargento, Beth Carvalho, Beth Goulart, Alcione, Maria Gadu, Marina Lima, Angela Maria, Michel Bercovitch, Domingos de Oliveira e Dzi Croquettes. Dedica-se ao projeto “100 Crônicas” tendo publicado 100 Crônicas de Pandemia, em 2020, e lancará em breve seu mais recente título: 100 Crônicas da Segunda Onda.

Os Autos de Suassuna

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publicado em 12/01/2025 ás 15h58

Fui assistir ao Auto da Compadecida 2, continuação inspirada na obra do paraibano Ariano Suassuna. As peripécias de João grilo e as mentiras fantasiosas que Chicó continuam na telona para impressionar as mulheres e até mesmo seu melhor amigo, sempre se colocando como homem destemido e capaz de enfrentar qualquer desafio que aparecesse diante dele, o que nunca se configura como verdade, lógico.

Tudo me fez lembrar as histórias de botijas enterradas e a mais clássica de todas de Antonio e Maria, paraibanos que confiaram a um catimbozeiro um ritual para achar e desenterrar uma tal botija e por fim dividirem o ouro que lá havia. No ritual, uma voz do além acerta o local, ambos a desenterram, mas o dono do catimbó no estilo Chicó avisa que só após três dias ela poderia ser aberta, pois teria um feitiço que se aberta antes, viraria pedra. 

Passado uma semana, nada do quinhão repartido. O catimbozeiro viajou a Capital( fugiu), certamente para vender o ouro. O casal foi até lá para requerer seu dinheiro, não satisfeitos por não receberem nada, mediante várias testemunhas, procuraram a Justiça e o caso foi aberto! 

Esse fato é real e o processo existiu! Tudo está documentado e acho que esta história bem contada e bem filmada daria melhor pano de fundo do que a segunda safra do Auto da Compadecida. 

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