João Pessoa, 12 de janeiro de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Fui assistir ao Auto da Compadecida 2, continuação inspirada na obra do paraibano Ariano Suassuna. As peripécias de João grilo e as mentiras fantasiosas que Chicó continuam na telona para impressionar as mulheres e até mesmo seu melhor amigo, sempre se colocando como homem destemido e capaz de enfrentar qualquer desafio que aparecesse diante dele, o que nunca se configura como verdade, lógico.
Tudo me fez lembrar as histórias de botijas enterradas e a mais clássica de todas de Antonio e Maria, paraibanos que confiaram a um catimbozeiro um ritual para achar e desenterrar uma tal botija e por fim dividirem o ouro que lá havia. No ritual, uma voz do além acerta o local, ambos a desenterram, mas o dono do catimbó no estilo Chicó avisa que só após três dias ela poderia ser aberta, pois teria um feitiço que se aberta antes, viraria pedra.
Passado uma semana, nada do quinhão repartido. O catimbozeiro viajou a Capital( fugiu), certamente para vender o ouro. O casal foi até lá para requerer seu dinheiro, não satisfeitos por não receberem nada, mediante várias testemunhas, procuraram a Justiça e o caso foi aberto!
Esse fato é real e o processo existiu! Tudo está documentado e acho que esta história bem contada e bem filmada daria melhor pano de fundo do que a segunda safra do Auto da Compadecida.
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EM SOLENIDADE - 06/01/2025