A Paraíba fechou o ano de 2024 com auspiciosos indicadores econômicos de causar inveja aos estados mais desenvolvidos e poderosos da federação. Cravamos uma taxa de crescimento de 6,8% no nosso Produto Interno Bruto (PIB), o maior crescimento econômico entre todos os entes federativos, quase que dobramos os 3,5% do crescimento do país como um todo.
Uma proeza inédita fruto de obstinação deum governador pelo respeito e zelo no trato das contas públicas que hoje dá suporte a sua gestão para tocar de mais 600 obras que alcançam investimentos superiores a R$ 5 bilhões.

Ao ver as imagens da pomposa e prestigiada solenidade em que o governador, apresentava e comemorava estes números que atestam a vigorosa saúde financeira e a solida musculatura fiscal do estado anunciando grandes obras estruturantes como a Ponte do Futuro, entre Cabedelo e Lucena, Centro de Convenções de Campina Grande, Arco Metropolitano de João Pessoa, logo me veio à cabeça o questionamento: e o Sertão, como fica?

Há exatamente um ano, neste mesmo espaço, em texto denominado “O Sertão quer ser ouvido” (10/01/2024) alertava as nossas lideranças políticas sobre os nefastos efeitos dos desníveis socioeconômicos dentro do próprio estado causado pela maciça concentração de investimentos somente eixo João Pessoa-Campina em detrimento do Sertão. Não sei se o recado chegou, mas já se percebe a intenção de implantação de grandes projetos e obras estratégicas que podem verdadeiramente transformara região sertaneja paraibana numa terra de oportunidades:

Complexo Científico do Sertão(CCS) – Um grandioso e ambicioso projeto do Governo do Estado por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties)que projetará o Brasil para o mundo na área da astrofísica que envolve a construção da Cidade da Astronomia no município de Carrapateira e a implantação do Radiotelescópio Bingo, já em fase de construção, na região de Aguiar. Trata-se de uma brilhante iniciativa que objetiva trazer para o Sertão o desenvolvimento tecnológico e cientifico.

Museu de Arqueologia –  Com previsão para ser instalado em Cajazeiras, este equipamento será de vital importância desde o ensino fundamental ao universitário fomentando a ciência e a cultura além de integrar a rota turística sertaneja junto com o Vale dos Dinossauros, Radiotelescópio Bingo e a Cidade da Astronomia.

Cajazeiras/Cidade Intermediadora – Desenvolvido pelo Governo Federal no âmbito do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) o programa “Cidades Intermediadoras para o Desenvolvimento Regional” é um projeto revolucionário e inovador visando reduzir, com maciços investimentos, as desigualdades socioeconômicas inter-regionais por meio de um crescimento econômico colaborativo e sustentável. Na Paraíba somente a Região Imediata de Cajazeiras foi inserida neste programa contemplando 12 municípios onde Cajazeiras foi eleita como Cidade Intermediadora.

Centro de Convenções do Sertão – Formalmente anunciado pelo governador, sem citar a cidade beneficiada, este equipamento se constitui de vital importância para fomentar o turismo de negócios e de eventos. Um grande espaço para exposições, feiras e apresentações culturais que se tornará um marco para alavancar o desenvolvimento sertanejo. Eis um desafio hercúleo para classe politica e a sociedade civil organizada sertaneja: tirar do papel todos estes projetos por meio de uma cobrança constante que poderá tornar o Sertão a bola da vez para receber novos investimentos.

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