João Pessoa, 25 de janeiro de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Escutando murmurejo. O mundo já não suporta mais nossos ombros, assombros, hecatombes, destruições, lixo e inverdades políticas e históricas.
Costumamos achar o mundo chato, mas é bão, cruel e se recusa a acabar.
Estamos no velho navio espremidos entre os negreiros sobre os faróis apagados e náufragos, em tão calamitosos e amedrontantes novos dias.
Uma primeira vez para tudo e como dizia minha mãe, o mundo acaba pra quem morre.
Nossas embarcações, orações, corações, não cabem mais aos pés da Santa Cruz, no olhar do Menino Jesus de Praga, mas nem todos estão salvos, eximidos, e rogam pragas mil ao novo Tio Sam. Afinal, quantos gêneros existem, professor Milton Marques?
O breve viver é vasto, tem o bailarino, a moça da janela, o clandestino, a milicia, os pruridos, o doutor, o deputado em pânico e seu melhor amigo, o bandido.
Eu não tenho mais dedo para apontar, certamente, tecer dentro das veias da américa latina em pó e meu olhar não tem a última esperança, além da mudez impressionante da humanidade, efetivamente impressionante.
Vislumbramos a fome, a fuga, a traição e o mundo se acabando. O resto são cenas imagináveis do que resta do impossível. E a dor não mata.
Reinventemos a consciência, solte a mão da convivência tóxica, tira a mão do que é alheio. A precisão de dizer pouco é muito pouco – razão e sentido em jogo e nosso compromisso como cidadãos incomodados que se retirem. Pra onde?
E os Brasis opalas? Ah, nó em pingo-d´água, berilos, lapinha ovo-de-pomba, osso-de-cavalo, machados e facões da pedra lascada.
Kapetadas
1 – Se 1% do que se fala sobre salvar o planeta fosse verdade, a ONU só se reuniria para decidir o tema da festa de fim de ano. E olhe lá
2 – A planilha de influencers mostrou que não tem filtro de Instagram para a feiura interior.
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CLÁSSICO SERTANEJO - 26/01/2025