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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Sânscrito opala do Brasil alegre

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publicado em 25/01/2025 ás 07h00
atualizado em 25/01/2025 ás 12h19

Escutando murmurejo. O mundo já não suporta mais nossos ombros, assombros, hecatombes, destruições, lixo e inverdades políticas e históricas.

Costumamos achar o mundo chato,  mas é bão,  cruel  e se recusa a acabar.

Estamos no velho navio espremidos entre os negreiros sobre os faróis apagados e náufragos, em tão calamitosos e amedrontantes novos dias.

Uma primeira vez para tudo e como dizia minha mãe, o mundo acaba pra quem morre.

Nossas embarcações, orações, corações, não cabem mais aos pés da Santa Cruz, no olhar do Menino Jesus de Praga, mas nem todos estão salvos, eximidos, e rogam pragas mil ao novo Tio Sam. Afinal, quantos gêneros existem, professor Milton Marques?

O breve viver é vasto, tem o bailarino, a moça da janela, o clandestino, a milicia, os pruridos, o doutor, o deputado em pânico e seu melhor amigo, o bandido.

Eu não tenho mais dedo para apontar, certamente, tecer dentro das veias da américa latina em pó e meu olhar não tem a última esperança, além da mudez impressionante da humanidade, efetivamente impressionante.

Vislumbramos a fome, a fuga, a traição e o mundo se acabando. O resto são cenas imagináveis do que resta do impossível. E a dor não mata.

Reinventemos a consciência, solte a mão da convivência tóxica, tira a mão do que é alheio. A precisão de dizer pouco é muito pouco – razão e sentido em jogo e nosso compromisso como cidadãos  incomodados que se retirem. Pra onde?

E os Brasis opalas? Ah, nó em pingo-d´água, berilos, lapinha ovo-de-pomba, osso-de-cavalo, machados e facões da pedra lascada.

Kapetadas

1 –  Se 1% do que se fala sobre salvar o planeta fosse verdade, a ONU só se reuniria para decidir o tema da festa de fim de ano. E olhe lá

2 – A planilha de influencers mostrou que não tem filtro de Instagram para a feiura interior.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB