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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

As rosas de Cartola falam outros idiomas

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publicado em 04/02/2025 ás 09h18
atualizado em 04/02/2025 ás 10h00

Entrei numa lanchonete, mas não ouvi a canção do Roberto, nem tomei o sorvete  da canção “Baby” de Caetano. Enquanto tomava o café num copo americano, pensei  “Quero uma bolacha com sabor a eternidade”, imitando Vladimir Maiskovski.

Num instante, não estava mais ali que quem pensou na eternidade! Tudo passa.

Outras palavras foram cantadas:  “eu canto porque o instente existe”  de Cecilia Meireles, e todo instante é desconhecido e traz aos olhos rios de lembranças. Mas o poema mais belo de Cecília Meireles é “Romanceiro da Inconfidência”, publicado em 1953.

Na calçada da avenida Duque de Caxias uma mulher me pede um dinheiro pelo amor de Deus e vejo surgir suas rugas em fugas, para quem sabe que a morte é um mestre, não tem rodeios

Estou certo que  vamos sonhar com as rosas da canção de Cartola, que falam outros idiomas. O idioma do amor – elas se abrem na superfície do nosso deslumbre
como um filme da vida em muitas cores. Eu gosto muito da Rosa Amélia.

Tenho ciúme do silêncio, como se eu já tivesse 80 anos.

Quando a saudade apertar, haveremos de arranjar uma forma de nos divertir e brincar, feito crianças.

Hoje não tem Kapetadas

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