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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Nova Camará

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publicado em 26/09/2011 ás 06h31

Se para nós paraibanos, meros expectadores de uma das mais graves tragédias já registradas por aqui, a palavra Camará traz más lembranças, para o povo de Alagoa Nova e cidades do entorno o rompimento da barragem deixou traumas de grandes proporções. Principalmente por ter ressuscitado o fantasma da sede.

Por isso, no imaginário estadual e na pele da população daquela região, a ordem de serviço da reconstrução a ser assinada hoje pelo governador Ricardo tem simbolismo muito forte e por isso a obra traduz relevo de marca de governo.

Especialmente porque os adversários de Ricardo o acusaram de ter remanejado recursos do orçamento para relegar ao esquecimento o pleito de Alagoa Nova, Alagoa Grande e Esperança. O que se vê hoje é exatamente o oposto. É Ricardo quem de fato vai reerguer a muralha que ruiu poucos anos depois de construída.

O evento programado para hoje à tarde, além de ato administrativo, tem um viés de paradigma político. Em novembro de 2009, o então governador José Maranhão anunciou no seu programa Palavra do Governador a reconstrução de Camará com a promessa de devolvê-la ao povo do Brejo no final de 2010. A obra sequer começou.

É possível que integrantes do Maranhão III aleguem problemas na liberação de recursos ou justificativas similares. Entretanto, concreto mesmo é que o governo anterior anunciou uma obra que só começaria nove meses após o prazo prometido de conclusão. E pelas mãos de um adversário. Impossível será evitar comparações.

Questão de justiça –
É preciso reconhecer o esforço descomunal dos secretários Ricardo Barbosa e João Azevedo para vencer a burocracia que ameaçava tardar a reconstrução.

Parto cesariana –
De última hora, técnicos da Defesa Civil Nacional apontaram incongruências. Os dois auxiliares montaram campana em Brasília para provar a viabilidade.

Ricardo foca nas adutoras, lema do seu antecessor –
Em contato com o colunista, o governador Ricardo informou que serão R$39 milhões em obras de adutoras, concomitantemente. Além de Camará, o Governo tocará a barragem de Pitombeira/Serra Grande. “No próximo ano, com a licitação, nós vamos resolver um sonho de 50 anos do município de Alagoa Grande”.

O que rompeu em 2004 une em 2011 –
O evento, hoje, às 15h, em Esperança, balançou um adversário de Ricardo. O ex-deputado federal Armando Abílio (PTB) foi um defensor da retomada da barragem. “Nós temos uma forte economia nessa região. Só falta água”, disse Abílio.

Adversário reconhece importância da obra –
Apesar da posição política contrária, Armando não teve qualquer constrangimento em elogiar a ordem de serviço em telefonema à coluna. “O maior prêmio que Esperança e região poderiam ganhar será recebido hoje com essa ordem de serviço”.

Comemoração –
Amigos fizeram festa ontem para comemorar o aniversário do senador Vital Filho (PMDB) em uma casa de recepções no Bairro de Bodocongó.

De filho pra pai –
Antes de ir ao evento, pela manhã, Vitalzinho adornou com flores o túmulo do tribuno Vital do Rêgo. “Fui abraçar quem não pode me abraçar”.

Sucesso –
A novíssima Jovem Pan AM 1230 já pauta o noticiário político com as entrevistas no estúdio os e flashes das equipes do Correio News PB, 1ª e 2ª edição.

Em tempo real –
Giovanni Meireles e Beth Menezes narram os principais fatos da manhã. À tarde, Paulo Neto atualiza os ouvintes e amplia os assuntos de repercussão.

Só com reza –
A Igreja Congregacional de Marizópolis, no Sertão, inaugurou uma vigília inusitada. Os fiéis realizam toda semana uma “fogueira contra a corrupção”.

Sem anestesia –
Está nas mãos de um deputado a lista com nomes dos médicos e valores recebidos por profissionais que ganhavam sem trabalhar no Hospital de Trauma.

R$ 40 milhões –
Por descuido de um funcionário, que não anexou documento exigido para habilitação, a São Braz LTDA ficou fora da licitação do cuscuz do Governo.

Retrospectiva –
Para pedir retribuição do ex-governador, o deputado Manoel Júnior (PMDB) lembrou que vota com José Maranhão desde os 18 dos seus 47 anos.

Flex –
Não deve ser por acaso que o vereador de Bayeux e empresário Cariolando Félix (PSDB) batizou sua conhecida fábrica de estofados de CarioFlex.

Flex 2 –
Em poucos dias, testou o desempenho com Expedito Pereira, Domiciano Cabral e Jota Júnior e rejeitou propostas de vice. “Sou candidato. É minha hora”.

PINGO QUENTE – “Até hoje ninguém explicou esse apagão na eleição”. Do veterano candidato a prefeito de Santa Rita, Reginaldo Pereira, reclamando do blecaute na hora da apuração em 2008 e sem reconhecer que quem lhe derrotou foi o apagão de votos.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

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