Reunida ontem em Brasília, a bancada federal paraibana se mexeu para corresponder à expectativa exigida pelo momento de dificuldades e crises. Não ficou apenas no emergencial e iniciou discussões sobre prioridades estruturantes inadiáveis a serem buscadas junto ao Governo Federal.

Nesse instante, o esforço é sem dúvidas na busca de socorro contra efeitos da estiagem e garantia de o mínimo de assistência e estrutura. A bancada decidiu agendar reuniões com os ministros da Integração Nacional – pasta que detém o controle das verbas emergenciais –, Agricultura e a poderosa Fazenda.

Os parlamentares demonstraram a compreensão do grave colapso vivido em todas as regiões do Estado. São mananciais importantes e estratégicos ao abastecimento humano se aproximando do limite de suas capacidades, ao tempo que o programa de carro pipa já começa a emitir sinais de agonia.

Se o quadro de garantia de água potável para boa parte dos paraibanos já preocupa, o que dizer então dos prejuízos causados pela suspensão há tempos de vazão para irrigação de importantes culturas, fonte de subsistência de milhares de famílias e vetor influente na economia estadual?

A situação não poderia exigir outra reação. Em tempo, a bancada paraibana acordou para levantar a voz e cobrar efetivamente do Governo Federal tratamento ao menos compatível com o dispensando ao Estado de São Paulo, surpreendido com a escassez hídrica e seus consequentes percalços.

A bancada sinalizou, ainda, para as questões macro, firmando cronograma de diálogo com ministros no sentido de prospectar recursos que tirem do papel projetos estruturantes, como a duplicação da BR-230. Posteriormente, vão à Dilma, a quem cabe a palavra final entre sonho e realidade e a decisão política de redimir a Paraíba de décadas de atraso. O mais alentador: houve disposição de correr atrás disso com unidade. E, no caso da Paraíba, esse é um caminho a ser seguido como dogma.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba.

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