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Graduada em direito e pós graduada em direito criminal e família, membro da academia de letras e artes de Goiás, tenho uma paixão pela escrita Acredito no poder das palavras para transformar realidades e conectar pessoas

Os idiotas se multiplicam

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publicado em 01/03/2025 ás 07h00
atualizado em 01/03/2025 ás 08h28

Eu não sei por que é tão complicado para as pessoas reconhecerem que, às vezes, são apenas idiotas. Não são apenas, são idiotas. Essa resistência em aceitar a própria falibilidade é quase uma arte. Estragam tudo ao seu redor, convencidos de que têm todas as respostas na ponta da língua, como se a vida fosse um jogo de adivinhação onde eles têm sempre a solução perfeita. Coitados.

É curioso observar como essa certeza absoluta pode ser cega. As palavras saem num fluxo ininterrupto, enquanto a sacada fica paralisada. “Eu sei o que estou fazendo”, dizem, enquanto os estragos se acumulam ao seu redor. E o mais engraçado é que, no fundo, todos sabemos que a vida é cheia de nuances e incertezas. Ninguém tem todas as cartas na mão; na verdade, muitas vezes estamos apenas tentando entender as regras do jogo. E olhe lá!

Quando alguém tenta mostrar um caminho diferente, uma descoberta,  uma nova perspectiva? Aí a defensiva entra em ação. As pessoas se fecham em suas convicções, como se admitir um erro fosse uma fraqueza insuportável. Mas a verdade é que reconhecer as limitações e erros pode ser libertador. É um passo em direção ao crescimento e à sabedoria.

Estragar as coisas não é o problema; todos nós já fizemos isso em algum momento, mas os idiotas insistem no erro. O verdadeiro desafio está em ter a humildade de olhar para si e dizer: “Eu errei”. Essa frase simples carrega um peso imenso e, ao mesmo tempo, uma leveza incrível. É como se tirássemos um fardo das costas.

Então, talvez devêssemos começar a valorizar mais essas pequenas quedas e os tropeços da vida. Afinal, são eles que nos ensinam. Aceitar que somos imperfeitos é parte do ser humano. E quem sabe assim possamos construir relações mais sinceras e verdadeiras, onde a idiotice não seja algo a ser escondido, mas sim uma parte do aprendizado coletivo. No fim das contas, somos todos aprendizes

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB