João Pessoa, 10 de março de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O impasse sobre a flexibilização das faixas exclusivas para ônibus em João Pessoa deve ter fim nesta segunda-feira (10). Isso porque a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP) entregou, neste final de semana, um relatório técnico à Prefeitura com o resultado de estudos sobre controle de tráfego e o impacto dos veículos particulares utilizando a faixa exclusiva do transporte coletivo na capital.
O estudo foi iniciado durante a greve dos motoristas de ônibus e visa embasar a decisão da prefeitura sobre eventual retorno da faixa exclusiva de ônibus nos corredores viários de João Pessoa, com a devida fiscalização.
“A decisão será para o melhor do grande beneficiário que é a população de João Pessoa. Então, na segunda-feira, a Prefeitura deve informar a decisão, que é importante ressaltar que é algo técnico, visto por pessoas técnicas que vão, de fato, descrever o melhor plano de mobilidade”, pontuou Leo Bezerra, prefeito em exercício.
O superintendente da Mobilidade Urbana disse que todo o corpo técnico da Pasta está envolvido no processo para apresentar as melhores soluções de trânsito. “Trouxemos esse relatório aqui, junto com a equipe técnica da Semob, todo o levantamento, passamos para o prefeito Leo e ele ficou de fazer o estudo analítico dele. E na segunda-feira nós tomamos a decisão em conjunto”, projetou Marcílio do HBE.
Sintur é contrário
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (Sintur-JP) alerta que a flexibilização das faixas preferenciais impacta diretamente a velocidade dos ônibus e a qualidade do serviço. Segundo o Sintur, elas são essenciais para dar mais agilidade e tornar o transporte coletivo mais atrativo para os passageiros.
Dados revelam perda de eficiência quando faixas são utilizadas por todos, além de aumentar, de forma significativa, os riscos de sinistros de trânsito, principalmente envolvendo motocicletas.
Um estudo do Sintur-JP, realizado entre os dias 17 a 21 de fevereiro, expôs as consequências da liberação das faixas: na Avenida Dom Pedro II, por exemplo, o tempo de percurso no trecho de 2,6 km aumentou de 8 para 10 minutos. A velocidade média dos coletivos caiu 20% (de 19,5 km/h para 15,6 km/h).
MaisPB
PRESO POR ABUSO - 07/03/2025