João Pessoa, 13 de março de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Quanto tempo ainda resta?
Não sei.
O relógio da vida parece ter parado, sem ponteiros a nos orientar.
Mas é preciso avançar, pois o tempo escorrega entre os dedos como areia fina.
Não há tempo para tudo que queremos viver.
Não poderei ouvir todas as melodias que tocam meu coração, não poderei devorar todos os livros que habitam minhas prateleiras, não poderei abraçar cada pessoa que me faz sentir amado.
É necessário aprender a arte de “abrir mão” – uma habilidade que poucos dominam, mas que é fundamental.
Abrir mão do supérfluo para focar no que realmente importa.
Deixar de lado as distrações e mergulhar nas experiências que nos transformam.
Cada escolha é um caminho, e cada estrada tem suas delícias e desafios.
É um exercício de sabedoria saber onde investir nosso tempo.
A vida é uma dança, e precisamos escolher com quem queremos dançar.
Às vezes, é preciso renunciar a algumas canções para poder entoar a melodia mais importante.
Cada momento conta, e cada instante é precioso.
É nesse emaranhado de escolhas que encontramos significado.
E ao abrir mão do que não nos serve mais, fazemos espaço para o essencial.
As risadas compartilhadas, os olhares cúmplices, os abraços apertados – isso é o que realmente importa.
Ao invés de lamentar o tempo perdido, sem buscá-lo com o fez o escritor francês Marcel Proust (foto) em sua obra ´Em Busca do Tempo Partido` vamos celebrar o tempo vivido, aproveitando ao máximo cada segundo, vivendo com intensidade e gratidão.
No fim das contas, são as memórias que levamos conosco, as experiências que moldam nossa essência.
E assim seguimos, aprendendo a arte de escolher, a arte de jogar e valorizar o presente e amar cada vez mais.
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
BOLETIM DA REDAÇÃO - 13/03/2025