João Pessoa, 15 de março de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Na piscina do hotel onde estávamos hospedados o cidadão me perguntou se eu era eu. Era, né? Apresentou-se e disse que lia meus escritos semanais. De tudo que já lera, a coluna que mais gostara fora a história de Carlos Kaiser, para ele um espetáculo.
Para quem está chegando agora esse Kaiser aí foi o maior 171 do futebol, tendo conseguido passar por todos os grandes clubes brasileiros sem nunca ter jogado uma partida. Meu mais novo amigo de infância acrescentou ao que eu havia escrito algumas outras façanhas de Kaiser, que afirmava ter jogado no Gazélec da Córsega. Em uma entrevista, o brasileiro Serginho que realmente jogou lá, disse que Carlos jamais pisou na Córsega e que um dia pediu emprestado o uniforme do time a Serginho, tirando uma foto todo paramentado num campo de futebol no Rio de Janeiro. Teria feito mau uso da carteira de jogador profissional do clube que Serginho também lhe emprestara.
Meu amigo contou outra história de Kaiser que eu não conhecia. Contratado pelo Bangu, cujo dono era “somente” o bicheiro Castor de Andrade, começou o primeiro jogo no banco de reservas. Castor ordenou que o técnico colocasse Kaiser em campo. Ele iniciou o aquecimento e inventou uma briga com um torcedor Banguense que estava na arquibancada, conseguindo a inusitada proeza de levar um cartão vermelho ainda antes de entrar em campo.
Porém meu amigo me contou outras histórias do futebol. O técnico Gentil Cardoso treinava juvenis em experiência e um grandão logo se mostrou péssimo. Gentil ia dispensando-o quando um diretor do clube se aproximou e disse, apontando para o perna-de-pau: “-Professor, esse é meu garoto, sempre desejei que crescesse e se tornasse um craque”. Gentil emendou: “- Bom, pelo menos ele cresceu.”.
O folclórico técnico Carlito Rocha treinava a seleção carioca e descobriu que seus atletas após os treinos iam sempre encher a cara num bar próximo. No dia seguinte levou um enorme balaio de mangas que em poucos minutos foram devoradas pelos atletas. Então ele pegou a última manga e enquanto descascava-a disse que a fruta aumentava a resistência física, porém deveriam ter um único cuidado. Em seguida derramou um copo de cachaça na fruta. À medida que a manga ia escurecendo ele disse que a mistura era fatal.
No dia seguinte ninguém tocou nas mangas.
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PROJETO DE LEI - 14/03/2025