João Pessoa, 18 de março de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Não posso trair a menina corajosa
que vive pulsando em mim,
aquela que, com alma curiosa,
abraça a vida, o vento, o amor.
Ela aprendeu a crescer com os baques,
a dançar nas tempestades e nos encantos do viver,
sem evitar os desafios, nem os ataques,
mas cara a cara, encarando tudo para aprender.
Com olhos que brilham como estrelas,
a menina observa o mundo e suas cores,
sabe que as dores são apenas telas, as dores da lida,
que pintam a vida com mil amores.
A menina corajosa não se esconde,
ela se lança na aventura mais audaz,
não teme o desconhecido que responde,
com abraços de luz e de paz.
Ela sabe que cada queda é um passo e no rio cria energia,
uma chance de recomeçar a caminhada,
e mesmo que o caminho seja escasso,
ela segue firme, nunca intimidada. Jamais.
Com um sorriso de quem já sofreu,
mas também de quem sabe gargalhar,
a menina corajosa nunca esqueceu
que viver é resistir e remar.
Ela não enfeita as pancadas da vida,
mas as transforma em sabedoria,
cada cicatriz é uma história querida,
um testemunho da sua valentia.
Assim sigo com ela em meu peito,
navegando por mares de nunca navegados,
pois a menina corajosa é meu jeito
de abraçar a vida todos os dias.
Não posso trair essa essência divina,
que me ensina a amar e a ser forte;
ela é minha luz menina e minha sina,
na dança da vida até a quem sabe, a morte.
(Eu sou Antônia)
Ilustração – do filme irlandês ‘A Menina Silenciosa’ (2022), do diretor Colm Bairéad.
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PARLAMENTO - 18/03/2025