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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, classificou a jornada de trabalho 6×1 como “a mais cruel de toda a humanidade”, durante entrevista à Rede Mais. Ele defendeu o fim dessa escala – de seis dia trabalhados por uma folga – e disse que esse é um tema que depende da sensibilização do Congresso Nacional.
“A jornada 6×1 é a mais cruel de toda humanidade dessa atualidade. Falo dessa atualidade porque no passado recente tinham situações muito piores. Agora, a jornada 6×1 é cruel especialmente para as mulheres, porque sobra um dia na semana e aí – nesse mundo desigual – ela acaba indo trabalhar para família, lavando roupa, cuidar da casa, não tem tempo para cuidar da cultura, do lazer”, afirmou o ministro em entrevista à Rede Mais.
“Nós precisamos de fato que o Brasil adote a posição que vários países já adotaram: eliminar esse tipo de jornada. Não é fácil, mas é possível. Depende da sensibilização do Congresso Nacional e do grupo empresarial”, completou ele.
A proposta de revisão desse regime de trabalho foi apresentada pela deputada Érica Hilton (PSOL-SP) e ainda precisa do aval do presidente da Câmara, Hugo Mota (Republicanos), para ser analisada.
O ministro Luiz Marinho disse que a discussão sobre o fim da jornada 6×1 é um assunto que o governo acompanha, estimula e quer debater. Mas afirmou que esse “é um assunto do Congresso Nacional. É um assunto dos sindicatos de fomentar esse debate, de discutir com o trabalhadores e trabalhadores para ter a melhor saída no menor tempo possível”.
Marinho também convocou os trabalhadores a se mobilizarem, engajando-se no debate por meio de sindicatos. “O trabalhador tem que se mobilizar para participar, discutir com o seu sindicato, para poder estar engajado nesse processo. Até porque você não conseguirá resolver todos os problemas da jornada na lei”, observou.
Ele ainda defendeu que a redução de jornada aconteça sem redução de salários. “É plenamente possível, sim, uma redução de jornada, sem redução de salário. Porque o poder aquisitivo do trabalhador tem que ser mantido, preservado”, concluiu.
MaisPB
Passe Livre - 24/03/2025