Às vezes, a vida é um caminho de espinhos, escolhas, um jogo periogoso de decisões que nos assustam e nos atraem ao mesmo tempo. Ficamos ali, paralisados, diante da encruzilhada, com medo de errar, de tropeçar, de nos machucar ou machucar alguém. Mas, e se o verdadeiro erro fosse não tentar? Como assim?

Lembro de quando era criança e queria muito andar de bicicleta sem as rodinhas. O medo era gigante, a queda parecia iminente, mas a vontade de sentir o vento no rosto, a liberdade de pedalar sozinha, era maior. Caí, me ralei, chorei, mas levantei. E no final, a alegria de ter conseguido superou qualquer medo, qualquer dor ou nenhuma dor.

A vida é assim. Se ficarmos parados, esperando o momento acontecer, a coragem aparecer, a certeza nos invadir, perderemos a chance de viver intensamente. É tão bom viver. É como aquela música que tanto amamos, mas nunca cantamos em voz alta por medo da nossa voz. Ou aquela viagem dos sonhos, que adiamos por receio do imprevisto. Mas tudo segue.

É claro que nem sempre as coisas saem como planejamos. Às vezes, nos decepcionamos, nos frustramos, nos arrependemos. Mas, mesmo nesses momentos, há o aprendizado. Há a chance de recomeçar, de tentar de novo, de fazer diferente. Eu fiz, eu faço.

Prefiro as cicatrizes de quem se arriscou, de quem ousou, de quem viveu, do que a pele lisa de quem se escondeu atrás do medo. E tem as pessoas com a cara lisa, que pensam que a gente é besta.

Prefiro o arrependimento de ter feito, de ter tentado, do que a angústia de nunca saber o que poderia ter sido. Eu tento, eu faço e refaço.

Porque no final das contas, o que realmente importa não é acertar sempre, mas  ter a coragem de fazer, de se jogar, de viver cada instante com intensidade. E se o arrependimento vier, que venha. Ele será apenas mais uma lição, mais um degrau na escada da vida.

Então, não hesite, não se prenda, não se limite, ninguém é prensa de ninguém.

Faça, tente outra vez, se arrisque. E se for para se arrepender, se for preciso, faça outra vez.  Mas, acima de tudo, viva e não olhe para trás.

Melhor fazer e se arrepender do que não fazer e arrepender-se.

Eu sempre aprendo com Maquiável. (foto)

Eu sou Antônia.

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