João Pessoa, 30 de março de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Uma palestra proferida pelo jornalista José Vieira sobre a ´IA e as redes sociais´ na Esma, com imagens reais, deixou a plateia atenta, de orelha em pé. Não porque o tema se caracteriza numa insuficiência de autonomia de cada um diante das redes sociais, de críticas abertas e até violentas, que os portais e blogs não passam nem perto.
Vieira mostra que ser Influencer, ter credibilidade estabelecida e muitos seguidores em um nicho ou setor específico ou não ser nada disso, nesse meio, para criar opiniões esclarecidas, estimular a liberdade de expressão, aquele que produz conteúdo, mas não pensa quando faz uma postagem aleatória comprometedora. Tá assustado, tá?
José foca no caldo dos seguidores, dos atacantes, aqueles que estão na bolha e os que tentam colocar a prática em pauta, ideias preconcebidas, até que de repente passam a ser um produto comercial e perdem o interesse de outros. Mas o quão perigoso é dar opinião e expor uma imagem errada, em meio as reviravoltas em que estamos a conviver.
Determinados perfis passam do limite e terminam desabando diante de uma postagem em que constate preconceito ou coisa assim – e o dono perfil perde patrocinadores, seguidores e em caso de famosos, nem se fala. O post passa a ser modelado pelos contatos, pelo compadrio, conluio, mancomunação e até pela camaradagem oportunista e o que pior possa parecer.
Não existe apoio mútuo ou que sirva sobretudo para fazer postagens sem pensar e promover a própria vaidade, onde uns e outros escrevem horrores, ou seja, detonam, para o benefício do seu estreitíssimo círculo (se é que isso existe ainda…) que salta para uma legião de influenciadores virarem reféns. E tem as crianças influenciadoras bombando…
Não é brincadeira, lembra Vieira, os interesses particulares e de afinidades pessoais ou políticas; que as decisões tomadas nas redes sociais são movidas, não raro, por simpatias e antipatias, e menos por critérios de relevância social. Jamais.
Em sua performance, Vieira mostra a chegada dos celulares e da Internet e o contraponto dessas panelinhas ímpares dos diabinhos martelando, cujo silêncio em torno de certos nomes ou personalidades, é só dar um print e aí já viu…
Estamos hoje diante de paredes e erros e não meros profissionais e os seus textos manobras publicados nos sites e páginas onde a Inteligência Artificial domina, feito uma facção que traduz o mal, a favor dos hackers, um campo minado, que saem de casa com uma metralhadora e escolhem quem será atacado naquele dia. Mas isso parece já ter se estabelecido, o pior arrependimento de uma postagem que já foi dado o print e se espalhado, aí sim, a coisa se complica.
Na palestra José Vieira nos alertou que as relações humanas estão cada vez mais distantes, envolvimento com quem não conhecemos, e que isso propicia esquemas, maroscas, traições, novas conivências, solidariedades mentirosas ou interesseiras; que todas essas redes de cumplicidades e de relações pessoais são tecidas, em grande medida, nos inúmeros eventos, basta abrir a janela.
Sufrágio online, que isso seja pensado antes que escandalizado e ninguém possa se salvar e já não é coisa de plasmar. Milhares de perfis falsos, robôs, feitos só para olhar a rede social dos outros e fazer valer o desrespeitar, sem censura nem emenda, o trabalho de uns e outros, mas é preciso cuidado, muito cuidado.
O descaramento e a desfaçatez são crescentes. Estamos à deriva com discussão sobre todos estas questões que enovelem, enrolem as redes, o tik-tok, a besta fera.
Em meio ao cenário sombrio…
Kapetadas
1 – Foi tanto medo que o réu roeu a roupa do rato.
2 –A verdade chega de mansinho e ninguém nota. A fake news aparece de helicóptero e dá entrevista coletiva.
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CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS - 29/03/2025