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Graduada em direito e pós graduada em direito criminal e família, membro da academia de letras e artes de Goiás, tenho uma paixão pela escrita Acredito no poder das palavras para transformar realidades e conectar pessoas

Grupinhos do circo virtual

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publicado em 30/03/2025 ás 07h00
atualizado em 29/03/2025 ás 19h31
Ah!  Os grupos de WhatsApp! Essa invenção moderna que uniu a humanidade em um vortex acelerado de mensagens, memes e cenas encaminhadas que muitas vezes mais confundem do que esclarecem. É como se tivéssemos num circo virtual, onde cada um desempenha seu papel: o palhaço, o mágico, o domador de feras, o homem que engole fogo e o atirador de facas – e, claro, o eterno “encaminhador”.
Vamos começar pelo grupo dos políticos. Ah! Esse é um espetáculo à parte! Entre promessas mirabolantes e vídeos de campanhas eleitorais que mais parecem trailers de filmes de ação, a cada mensagem enviada, temos uma nova versão do “Eu sou o melhor!” ou “Vote em mim porque sou a salvação!”. O mais curioso é que, mesmo com tanta retórica, a única coisa que realmente se espalha são as correntes sobre como “se você não repassar essa mensagem para 10 pessoas, o Brasil vai afundar”. A ironia é que muitos parecem acreditar que o verdadeiro poder está em clicar no botão “encaminhar”. Eu me divirto!
Quem pode esquecer os grupos religiosos? Ah! Esses são um verdadeiro banquete espiritual! Entre versículos bíblicos e orações em áudio que parecem ter sido gravadas por um locutor de rádio com voz celestial, cada membro se esforça para mostrar sua fé – e a quantidade de mensagens encaminhadas é impressionante! É como se cada “amém” fosse seguido por um “reenvie para 20 pessoas ou você vai ter uma semana cheia de problemas”. O que será que acontece com aqueles que não repassam? Um castigo divino? Ou só um tédio sem fim? Sei lá.
Agora, não podemos deixar de lembrar os grupos da família. Ah! A família! O lugar onde todos têm algo a dizer sobre a vida dos outros. Tias do interior enviando receitas de bolo como se fossem segredos do universo e primos distantes compartilhando fotos do cachorro com legendas profundas. E quando alguém resolve encaminhar aquela corrente sobre como “se você não sorrir para essa mensagem, receberá sete anos de azar”? Aí surge o dilema: ignorar ou responder com um emoji? Um verdadeiro teste psicológico!
E tem também os grupos de amigos. Ah! Esses são uma mistura explosiva! Entre memes hilários e teorias da conspiração sobre como as cebolas têm sentimentos, as mensagens seguem em um ritmo frenético. Mas cuidado: quem não participa ativamente corre o risco de ser excluído da próxima reunião – ou pior ainda: ser chamado de “fada sensata”, aquele amigo que sempre traz a lógica para a conversa. Meu Deus!
Agora, vamos falar das senhoras desocupadas e das “socialites” nos grupos! Esses espaços servem muito para elas se entreterem, não é mesmo? É quase uma competição amistosa entre elas sobre quem consegue achar o meme mais engraçado ou a receita mais exótica. Elas se divertem como se estivessem em uma verdadeira Olimpíada do WhatsApp! E não é raro ver uma delas enviando uma mensagem dizendo: “Meninas, vi essa corrente incrível sobre como cuidar das plantas carnívoras – quem topa experimentar?” É quase como se elas estivessem participando de um reality show onde o prêmio é ser a rainha do grupo! Eu me divirto mais ainda.
E tem sempre aquela senhora que começa a contar histórias da sua juventude em meio às trocas de receitas e dicas de moda. A gente ri e pensa: “O que seria delas sem esse divertimento virtual?” Essas damas desocupadas transformam o WhatsApp em seu salão de festas particular!
Por último,  mas nunca tem fim, mas não menos importante, temos os grupos temáticos: amantes da culinária, fãs de séries e até mesmo os entusiastas  etc. Nesses grupos, as mensagens encaminhadas são quase como relíquias sagradas! Dicas infalíveis  de mil e uma noite.
No fim das contas, os grupos de WhatsApp são um retrato da sociedade moderna: caóticos, engraçados e repletos de ironia. São espaços onde todos têm voz – mesmo que essa voz seja muitas vezes abafada por uma enxurrada de mensagens encaminhadas. E assim seguimos nessa ciranda digital, esperando ansiosamente pela próxima cereja do bolo. Quando não dar o maior bolo, não é?
Porque no fundo sabemos: no circo da comunicação virtual, todos nós  estamos nessa palhaçada – ou ao menos tentanfo entender o que diabos está acontecendo na conversa! Olá, tudo bem? (Eu sou Antonia)

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB