João Pessoa, 13 de abril de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
As hijras, uma comunidade de pessoas transgênero na Índia, têm uma história complexa e multifacetada. Historicamente, elas ocuparam um lugar único na sociedade indiana, com alguns textos religiosos hindus referindo-se a elas como tendo um status especial. No entanto, sua posição social tem variado ao longo do tempo, principalmente após a colonização inglesa.
Em certos contextos, as hijras eram consideradas sagradas, com algumas tradições acreditando que elas possuíam poderes espirituais, desempenhando papéis em cerimônias e rituais, particularmente em casamentos e nascimentos, onde suas bênçãos eram consideradas auspiciosas.
Com a chegada dos ingleses, começaram a sentir a marginalização social e apesar de sua importância religiosa, as hijras também enfrentaram discriminação significativa sendo frequentemente relegadas a papéis sociais marginais, como mendicância e prostituição.
A legislação da era colonial britânica exacerbou ainda mais sua marginalização, rotulando-as como “tribos criminosas”.
Mas a Índia vem se recuperando e se decolonizando nos últimos anos, já há um movimento para a mudança de nome do País e um crescente reconhecimento dos direitos das hijras em seu território.
Em 2014, a Suprema Corte da Índia reconheceu as hijras como um “terceiro gênero”, concedendo-lhes direitos legais e proteções e isto representou um passo significativo em direção à maior inclusão e aceitação das hijras na sociedade indiana, mas devido ainda a velhos costumes da era colonial, continuam a enfrentar desafios significativos, incluindo violência, discriminação, pobreza e falta de acesso a educação e emprego.
Organizações e ativistas estão trabalhando para promover seus direitos e melhorar suas condições de vida.
Os desenvolvimentos legais recentes representam um passo importante em direção a uma maior inclusão, mas ainda há muito trabalho a ser feito para garantir seus direitos e bem-estar. Colônia nunca mais!
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