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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Escrevo, logo existo!

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publicado em 15/04/2025 ás 07h00
atualizado em 15/04/2025 ás 13h05

Já ouviu falar da anatomia dos cadáveres vivos?

Descartes disse uma vez que a nossa existência estava nos pensamentos. Eu fiz um upgrade nessa teoria: escrevo, logo existo.

O que devo dizer das pessoas que falam bem de mim, que me reconhecem nas ruas?  Agradecer. O que eu diria as pessoas que falam mal de mim? Nada, elas são fracas. Tais pessoas esquecem de cuidar de si mesmos.

Quando você é vulgar, sim, você apenas negocia convenções, fazem mesa redonda para detonar, mas não dominam nada e que qualquer um pode dizer que livro é o nome de uma cidade, que a língua é o nome de uma arma, que arma não é um sentimento, que sentimento é o nome de um homem e o as rainhas estão mortas. Esquisito, né?

A língua epistolar lembra uma conversa vulgar no desentendimento entre as pessoas que não tem o que fazer e mesmo que este papo ocasione encontros repentinos e imprevistos, não chegam a lugar nenhum, nem aos pés do K(aos).

De repente alguém me para na rua e diz: “eu lhe sigo”,  – no Armazém Blu´nele de Léo Coutinho, no Recife, três pessoas disseram o mesmo – “eu lhe sigo”  Eu sei para aonde vou, eu vou, eu digo obrigado a elas, nunca elas por elas.

Já não tenho idade para olhar quem me olha  zarolho, só não consigo me afastar da pureza das crianças, elas não são ofensivas.  É como uma criança autista diz pra você: se o mundo gira, porque você não fica tonto?

Que uma vida seja na sua, a vida do outro,  não. Não fique na boca de outros, como um favor que você nunca pediu ou deu ou então, compartilhou. Não existe nada que esse kara, o cara que fala e escreve, não consiga fazer para ajudar, melhorar, cativar e amar. Mas isso  Não paro, porque preciso fazer mais por merecer, aquecer, progredir, ser sobrevivente, até o dia de morrer.

Num inferno abandonado, odiado, está aquele que roubou teu dinheiro. Tirou da tua saúde e da educação de seus filhos e da boca de quem tem sede, sede de justiça, mas quem age assim, não cede seque a um aceno por trás das grades.. São monstros.

Um crânio de um Jacaré na beira do Rio Jaguaribe, quem o matou? Ossos estranhos daqueles cuja vida é desperdício, vicio.

O coveiro tem voz e diz – esse da cara comprida era um idiota, falava dos outros pelas costas. Já o porteiro  do “É difícil Joelma”  conhece pela fisionomia e diz que os cemitérios estão cheios de traidores, mentirosos, arrogantes e malditos etc

O sujeito ou a sujeita não é só vulgar, talvez nem seja, mas aquele, aquela, de formato meio bovino lembra um retardado (a), me confessou o coveiro do Cemitério dos Ingleses do Recife

Escrevo, logo existo.

Que o tempo remoa a covardia das entrelinhas e nos salve, pelo amor de Deus.

Kapetadas

1 – Quanto mais big a tech, mais small a capacidade de ouvir.

2 –  Estudante que pintou suástica no próprio rosto é indiciado sob suspeita de apologia do nazismo. Suspeita,  Dona UOL? O mundo está cheio de nazistas.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB