João Pessoa, 15 de abril de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Já ouviu falar da anatomia dos cadáveres vivos?
Descartes disse uma vez que a nossa existência estava nos pensamentos. Eu fiz um upgrade nessa teoria: escrevo, logo existo.
O que devo dizer das pessoas que falam bem de mim, que me reconhecem nas ruas? Agradecer. O que eu diria as pessoas que falam mal de mim? Nada, elas são fracas. Tais pessoas esquecem de cuidar de si mesmos.
Quando você é vulgar, sim, você apenas negocia convenções, fazem mesa redonda para detonar, mas não dominam nada e que qualquer um pode dizer que livro é o nome de uma cidade, que a língua é o nome de uma arma, que arma não é um sentimento, que sentimento é o nome de um homem e o as rainhas estão mortas. Esquisito, né?
A língua epistolar lembra uma conversa vulgar no desentendimento entre as pessoas que não tem o que fazer e mesmo que este papo ocasione encontros repentinos e imprevistos, não chegam a lugar nenhum, nem aos pés do K(aos).
De repente alguém me para na rua e diz: “eu lhe sigo”, – no Armazém Blu´nele de Léo Coutinho, no Recife, três pessoas disseram o mesmo – “eu lhe sigo” Eu sei para aonde vou, eu vou, eu digo obrigado a elas, nunca elas por elas.
Já não tenho idade para olhar quem me olha zarolho, só não consigo me afastar da pureza das crianças, elas não são ofensivas. É como uma criança autista diz pra você: se o mundo gira, porque você não fica tonto?
Que uma vida seja na sua, a vida do outro, não. Não fique na boca de outros, como um favor que você nunca pediu ou deu ou então, compartilhou. Não existe nada que esse kara, o cara que fala e escreve, não consiga fazer para ajudar, melhorar, cativar e amar. Mas isso Não paro, porque preciso fazer mais por merecer, aquecer, progredir, ser sobrevivente, até o dia de morrer.
Num inferno abandonado, odiado, está aquele que roubou teu dinheiro. Tirou da tua saúde e da educação de seus filhos e da boca de quem tem sede, sede de justiça, mas quem age assim, não cede seque a um aceno por trás das grades.. São monstros.
Um crânio de um Jacaré na beira do Rio Jaguaribe, quem o matou? Ossos estranhos daqueles cuja vida é desperdício, vicio.
O coveiro tem voz e diz – esse da cara comprida era um idiota, falava dos outros pelas costas. Já o porteiro do “É difícil Joelma” conhece pela fisionomia e diz que os cemitérios estão cheios de traidores, mentirosos, arrogantes e malditos etc
O sujeito ou a sujeita não é só vulgar, talvez nem seja, mas aquele, aquela, de formato meio bovino lembra um retardado (a), me confessou o coveiro do Cemitério dos Ingleses do Recife
Escrevo, logo existo.
Que o tempo remoa a covardia das entrelinhas e nos salve, pelo amor de Deus.
Kapetadas
1 – Quanto mais big a tech, mais small a capacidade de ouvir.
2 – Estudante que pintou suástica no próprio rosto é indiciado sob suspeita de apologia do nazismo. Suspeita, Dona UOL? O mundo está cheio de nazistas.
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
BOLETIM DA REDAÇÃO - 15/04/2025