João Pessoa, 17 de setembro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
No seu projeto de disputar pela terceira vez Prefeitura de João Pessoa, o senador Cícero Lucena já escolheu as frentes que pretende levantar na tarefa de convencer o eleitor de que é a mais viável opção entre os pré-candidatos apresentados até aqui.
A priori, Cícero estadualiza o discurso e trata o governador Ricardo Coutinho e o prefeito Luciano Agra como a mesma figura. A estratégia é colar a imagem dos dois fazer Agra dividir eventual desgaste da primeira fase do governo socialista no Estado.
Foca tanto nesse aspecto que chega a esquecer de apontar a metralhadora de críticas ao prefeito. De fato, a eleição da Capital tem tudo para virar um plebiscito do Governo Ricardo, mas Cícero corre o risco de chegar em junho de 2012 tendo que conviver com uma gestão estadual melhor avaliada do que o patamar atual.
Mas é no social onde o ex-prefeito investe todas as energias.
Em suas entrevistas, como a de ontem no Correio Debate (rádio), o tucano faz questão de pontuar que quer resgatar um modelo mais “humano” de governar a capital paraibana.
Cícero agarra o trunfo da penetração nas camadas mais carentes da cidade, onde a ex-primeira-dama Lauremília Lucena transita com exímia desenvoltura. E é nessa direção que pretende armar sua jogada, driblar adversários e fazer gol.
Jogará pesado no mote de que foi e será um prefeito próximo das pessoas, ao mesmo tempo em que trabalhará a desconstrução do governo do PSB, lhe impingido o estigma de indiferença aos mais humildes. Se vai conseguir, essa é uma outra história.
Omelete –
O senador reiterou que espera o apoio de Cássio, mesmo sendo possivelmente apoiado por José Maranhão. “Não tenho dúvidas que Cássio votará comigo”.
Ataque –
Para Cícero, “João Pessoa não aceita a subserviência do atual prefeito se comportando como um secretário de quinto escalão do Governo Ricardo Coutinho”.
Agra libera recursos para recapeamento –
Indiferente aos ataques de Cícero, o prefeito Luciano Agra (PSB) assinou ordem de serviço ontem para asfaltamento de cerca de 140 km de ruas e avenidas de João Pessoa. De acordo com Agra, serão investidos cerca de R$ 20 milhões na recuperação das vias da cidade para dar agilidade aos deslocamentos e facilitar o trânsito.
A receita de Haddad –
Interrogado ontem pela repórter Pollyana Sorrentino (Correio Sat) sobre a segurança nas escolas, o ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu a abertura de novas unidades de ensino em tempo integral com espaços de convivência social e de lazer.
Aproximação escola e comunidade –
Para Haddad, é preciso aproximar a escola da comunidade a qual ela está servindo, inclusive com funcionamento nos finais de semana. O ministro entende que essa política deve ser desenvolvida principalmente nas áreas que registram conflitos violentos.
Novos ares –
Um dia depois do veto, o deputado Manoel Júnior embarcou para Buenos Aires. A assessoria informou que a viagem já estava na agenda parlamentar.
Revogação –
O deputado Guilherme Almeida (PSC) espera que o Governo atenda a recomendação do conselheiro Umberto Porto e anule a permuta do terreno da Acadepol.
Recurso –
O procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, espera que Porto reconsidere a decisão até segunda-feira ou leve o assunto para análise do Pleno.
Efeito Porto –
Pelo TAC assinado ontem no Ministério Público, Roberto Santiago ampliou de R$ 5 para R$ 11,8 milhões o pagamento da diferença dos terrenos.
Economia –
Ao repassar o Governo ao vice Rômulo, Ricardo disse que expedição a Cuba faz parte do seu projeto de fazer a Paraíba disputar como “gente grande”.
Penalidade –
Entre outras pautas, o PT discute hoje às 9h, na Câmara de Campina Grande, punições aos três petistas que insistem em compor o Governo Ricardo.
Baú de 2008 –
No livro que pretende escrever, o deputado João Gonçalves dirá que foi forçado a ser candidato só para garantir a eleição da bancada de vereadores tucana.
Mentira –
No entanto, ciceristas afirmam que a versão de João é falsa e que na verdade o deputado é que forçou a barra para disputar a prefeitura de todo jeito.
Cabeça fria –
O presidente da Câmara de João Pessoa, Durval Ferreira (PP), não se abate. “Tenho consciência tranqüila de que procedi corretamente, dentro da lei”.
Compensação –
O senador Vital Filho (PMDB) já colheu 28 assinaturas de apoio a sua PEC que prevê gratuidade em concursos público para doadores de sangue.
PINGO QUENTE –
“Sou próximo de Cássio, mas tenho convergências com Maranhão”. Do senador Cícero Lucena, caminhante de Santiago de Compostela, crente de que pode agradar aos dois antagônicos ‘senhores’ da política paraibana.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
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