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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Vai feder

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publicado em 13/09/2011 ás 07h53

Podem anotar. A querela, agora no campo pessoal, entre o senador Wilson Santiago e o ex-governador Cássio Cunha Lima está só começando. O sentimento do peemedebista é de quem foi provocado com vara curta pela matéria da Revista IstoÉ.

Em Brasília, o senador já tem se municiado para a guerra com Cássio. Para pouquíssimos assessores dividiu a decisão de não se intimidar e de usar nessa “guerra” as mesmas armas que, segundo sua ótica, o adversário estaria utilizando na peleja.

Santiago decidiu ir a fundo à queda de braço da exposição negativa, deflagrada a partir da extensa reportagem da IstoÉ. Intimamente, não tem dúvidas do “dedo” cassista na origem da matéria e nos louros dos efeitos às vésperas do desfecho da pendenga jurídica que envolve os dois no Supremo Tribunal Federal.

Segundo a coluna captou de fontes próximas, Wilson já andou colecionando denúncias da época em que Cássio ocupou a direção da Sudene. Santiago pode ressuscitar acusações nas quais o então superintendente aparece também como beneficiário de suposto uso de “laranjas” em operações no órgão.

Wilson enveredará por um caminho perigoso porque quem entra nesse labirinto nunca sabe com qual armadilha pode se deparar, ainda mais quando tem pelo caminho impreciso um tarimbado Cássio, forjado nos embates graúdos.

O terreno é pantanoso, mas Santiago acha que precisa revidar na mesma moeda e não se prostrar em posição de defesa quando o instinto de fera ferida recomenda o ataque. Além de tudo, cresceu ouvindo que o risco que corre o pau, corre o machado.

Bala trocada –
Ninguém duvide. Quando voltar a carga, Wilson Santiago deve citar pessoas do círculo íntimo e familiar de Cássio, como se deu com Wilson Filho, citado na matéria.

Vira bicho –
E pelo o que se conhece, apesar de até tolerar ataque contra sua carreira, Cássio não é de aturar calado o envolvimento dos seus em querelas do tabuleiro político.

Processo judicial contra Wilson –
A assessoria jurídica de Cássio deve entrar até sexta-feira com ações civil e penal contra Santiago, que acusou o ex-governador de ser o mentor intelectual da reportagem da IstoÉ. “Foi uma agressão irresponsável. A matéria se baseia em fatos e evidências fortes. Ele quer desviar a atenção”, desabafou o advogado Luciano Pires.

Saliba vê interesses escusos –
“A matéria é mentirosa. Espanta estar sendo requentada exatamente às vésperas do julgamento no Supremo Tribunal Federal”, comentou Michel Saliba, advogado de Wilson, classificando as acusações da Revista de mais um “factoide” criado.

A data do despacho e a rasura –
Assessores do senador Wilson Santiago questionam por que a edição da reportagem de IstoÉ rasurou a data na imagem do documento do despacho da juíza Helena Delgado Fialho Moreira, então titular da 5ª Vara Federal Privativa das Execuções Fiscais.

Por tabela –
Além do recrudescimento da revolta cassista, as declarações de Santiago geram outro inimigo: A IstoÉ, acusada pelo senador de “vender” matérias.

Caso Maranata –
Olhares voltados mais uma vez hoje para a sessão do TRE. O juiz Márcio Accioly deve apresentar o voto vista no sétimo processo da pauta do Tribunal.

Plugado –
O senador Vital Filho (PMDB) tem acompanhado pessoalmente todos os passos em torno do julgamento. Foca no assunto com atenção redobrada.

Pendendo –
Pelo menos mais outros dois vereadores da bancada governista na Câmara de Campina Grande estão insatisfeitos e já admitem mudar de posição política.

DNA –
Em Bernardino Batista, o ex Assis Gomes é o vice do sobrinho Edomarques. Agora, Gervásio, irmão do vice e tio do atual prefeito, será o sucessor.

A lógica de Ruy –
O deputado Ruy Carneiro (PSDB) não vê dificuldade de Cássio votar em Cícero pra prefeito. Até acha que Ricardo entenderia a peculiaridade municipal.

Previsão –
O secretário Efraim Morais (DEM) visitou ontem as obras do Centro de Convenções. “A obra está evoluindo. A tendência é a sua conclusão antecipada”.

Não foi –
O ex-prefeito Chico Franca foi o único candidato a presidente do PDT a não comparecer ontem na campanha de filiação do partido, no Ponto Cem Réis.

Concorrência –
Raoni Mendes e Geraldo Amorim não desistem da presidência. Além de Franca, enfrentarão Adauto Fernandes, candidato de Damião Feliciano.

Moda e política –
O laranja conecta-se com o clima do verão em doses ilimitadas. A dica é de moda (site paraibano Entrelinhas), mas cai como luva nessa semana política.

PINGO QUENTE – “Não vou mais falar nisso. Quando falei deu foi marcha ré”. Do deputado Edmilson Soares (PSB) desistindo de fazer prognóstico de adesões à base ricardista ao perceber que depois da profecia a bancada perdeu dois deputados.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

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