João Pessoa, 12 de setembro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O que era limitado ao campo jurídico agora descambou para o pessoal, após a publicação de extensa matéria contra Wilson Santiago na Revista Istoé deste final de semana. Nela, o senador é tratado como sonegador de impostos, acusação idêntica à exibida no guia eleitoral de Cássio na eleição recente passada.
Desde a manhã do sábado, no primeiro contato da coluna com o deputado Wilson Filho para analisar as acusações, o assunto já era tratado pelo círculo íntimo do senador como uma manobra do ex-governador para expor Santiago na mídia nacional e conseqüentemente fragilizá-lo diante do processo que corre no Supremo.
Em nota oficial, Santiago assegurou que o processo em questão foi anulado e o que existe é um recurso em tramitação. Mais além, ele saiu da defensiva. Atribuiu a autoria intelectual da matéria ao tucano. Não se deu por satisfeito. Ao fazer os esclarecimentos, atochou dizendo que Cássio não pode fazer o mesmo porque já sofreu condenação colegiada em duas instâncias por abuso de poder e conduta vedada.
Apesar do estratégico silêncio, Cássio voltou ao twitter para se defender. O tucano refutou a responsabilidade intelectual da reportagem e disse ter sentido falta de argumentos explicativos convincentes do senador sobre as denúncias, considerou a nota do rival deselegante para ao final cravar: “Digitais, ao que parece, ele que deixou”.
O duelo dos litigantes esquenta a semana política e terá seus desdobramentos porque agita aliados de ambas as partes e a opinião pública, ávida para conhecer o fim desta novela e saber finalmente quem é o senador da Paraíba. De fato e de direito.
Pau… –
Antenada, a leitora Tereza Silveira ([email protected]) mandou: “Os mais importantes políticos da Paraíba são cassados ou estão prestes a ser”.
Nos dois –
Elizabeth Rodrigues ([email protected]). “Dos dois eu não quero nem troco, aliás, estamos muito mal representados no Senado, todos ficha suja”.
Reforma Eleitoral, Caso Maranata e as conexões –
Por coincidência, o pensamento do relator da Comissão da Reforma Eleitoral, ministro do Supremo, José Antônio Dias Toffoli, tem tudo haver com o principal assunto em debate esta semana no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, com o advento do julgamento do Caso Maranata: a doação para as campanhas políticas.
Fim das doações de origem empresarial –
No seu texto final, segundo adianta a Coluna Holofote, do jornalista Otávio Cabral, da Revista Veja, o ministro Toffoli apresentará uma proposta ousada e que promete polêmica no meio político: a proibição das doações de empresas a partidos e candidatos.
Empresas, campanha e risco de corrupção –
Na ótica do ministro, esse tipo de doação restringe a participação do cidadão nas campanhas e aumenta o risco de corrupção. Toffoli também se manifesta contra o financiamento público e entende que somente pessoas físicas devam ser financiadores.
Sem tempo –
O deputado Hugo Motta (PMDB) aniversariou ontem, mas manteve a agenda normal de compromissos no Interior e por pouco não teve tempo pra comemorar.
Comemoração restrita –
De volta, após inauguração de 200 casas ao lado do pai, Nabor, em Patos, Hugo chegou à Capital por volta das 16h para almoço reservado com a família.
Despedida –
Antes de carimbar o passaporte, o vereador Fernando Milanez tem outra rodada de conversa hoje pela manhã com o ex-governador José Maranhão.
Os últimos… –
“Sempre aposte no azarão”. É nesse adágio comum no Jockey Clube do Rio que Milanez tem se agarrado na sua corrida de pré-candidato a prefeito.
Luz no fim do túnel –
O suplente Leonardo Gadelha (PSC) renovou a esperança de assumir a Câmara Federal com uma sonhada licença da deputada Nilda Gondim (PMDB).
Na rede –
‘Papo com o prefeito’. Este é o nome do programa de debates que Luciano Agra (PSB) estréia hoje, ás 19h, no Portal da Prefeitura de João Pessoa.
Selando –
Pré-candidato em Santa Rita, Adones Júnior praticamente fechou com Rômulo Gouveia filiação ao PSD durante conversa no apartamento do vice-governador.
De barco –
Por falta de estradas, 24 alunos da zona rural de São José de Piranhas, no Alto Sertão, navegam durante quase uma hora para chegar até a sala de aula.
Paliativo –
Segundo o Portal Diário do Sertão, referência do noticiário online na região, a Prefeitura providenciou até coletes salva-vidas para resguardar os estudantes.
Pátria Livre sai –
Eugênio Falcão, presidente do PPL, diz que, diferente do publicado pelo TSE, o partido registrou onze diretórios, número superior aos nove exigidos.
PINGO QUENTE – “O conselho é quem vai escolher o nome do vice-prefeito da Capital”. Do vereador Bira Pereira (PSB) teorizando sobre o papel do Conselho Político na escolha do vice de Agra, quando até os girassóis sabem de quem é o conselho final.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
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TURISMO - 19/12/2024