João Pessoa, 04 de setembro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O PMDB é sem dúvidas o partido de maior capilaridade eleitoral do Estado. Está presente em todos os municípios da Paraíba e tem histórico de muitas disputas pelo poder, o que massifica ainda mais a presença da legenda na cabeça do eleitor.
Mas desde que sucumbiu nas urnas ano passado, o partido perdeu o prumo e mesmo meses depois ainda dá sinais de atordoamento. O PMDB tem dificuldades até de unificar o discurso em torno dos projetos do presente e do futuro.
Basta observamos que muitos setores peemedebistas tentam forçosamente flertar com Cássio Cunha Lima. Não são poucos maranhistas que arquitetam seus planos de regresso ao Palácio apostando no rompimento do ex-governador com Ricardo.
Na Assembléia, deputados peemedebistas não escondem a torcida pela fragmentação da aliança de 2010, o que realimentaria perspectivas. Algumas declarações chegam a ser risíveis, tomando por base o que se dizia de Cássio até ontem.
Enquanto uns jogam confetes no tucano, outros peemedebistas não poupam petardos contra o ex-governador, principalmente os que (e são muitos) trabalham dia e noite pela permanência de Wilson Santiago no Senado da República.
Os exemplos acima traduzem as contradições que hoje rondam o PMDB. O partido anda desnorteando e apostando mais nos fatores externos do que no seu inegável potencial. Na ânsia de acenar, só pra provocar ciúmes ou esperar a remota possibilidade de atrair Cássio, o PMDB não percebe que flagela e fragiliza os seus próprios quadros.
Meio de campo –
Empenhados em missão ultra-importante, dois influentes desembargadores paraibanos arregaçaram as mangas e intensificaram contatos nas últimas horas.
Promete –
Segundo comenta-se na agitada ágora paraibana, a bolsa de apostas e palpites sobre a previsão dos acontecimentos da próxima semana anda fervilhando.
Candidatos, perfil e “peneirão” –
O prefeito de Campina, Veneziano Vital, anda gastando neurônios também na análise do perfil dos candidatos preferenciais na sua sucessão. O “cabeludo” adotou alguns critérios para afunilar a “seleção”: os nomes precisam ser de confiança e identificados com o venezianismo. Quem quiser figurar na lista, tem que colar na gestão.
Um trio no páreo –
No labirinto das opções, três nomes se encaixam no perfil prospectado para a disputa que se avizinha. O prefeito faz segredos sobre eles, mas a coluna arrisca que o trio atende por Tatiana Medeiros, Guilherme Almeida (PSC) e Alexandre Almeida (PT).
Cícero e o malabarismo –
Somente virando exímio malabarista o senador Cícero Lucena (PSDB) vai conseguir reatar os laços com Cássio mantendo relação estreita com Maranhão e Veneziano, algozes do cassismo. Se é que Cícero ainda faz questão de ter Cássio por perto…
Maneiro –
Pouco afeito aos holofotes, o vereador Marcus Vinicius tem esbanjado habilidade no palco da articulação pela construção do projeto de Cícero Lucena.
Ele de novo –
Francisco Rosendo François ([email protected]), assíduo freqüentador da coluna desde os tempos do mestre Rubens Nóbrega, pergunta.
Enquete provocante –
“Quem consegue mais recursos e soluções: o próprio governador, a bancada federal ou o governo pernambucano”? E jura que não é nenhuma provocação.
Prazo máximo –
O suplente major Fábio deu um ultimato ao seu partido, o DEM. Quer uma posição da legenda sobre candidatura própria até o final de setembro.
Idéia fixa –
Fábio descartou qualquer chance de disputar uma das vagas na Câmara de João Pessoa caso não prospere seu alucinado desejo de concorrer à Prefeitura.
Redes sociais –
O deputado Trócolli Júnior (PMDB) profissionalizou sua pré-campanha em Cabedelo. Estréia esta semana páginas personalizadas no facebook e twitter.
Prioridade –
Pólo de distribuição de crack, Cabedelo registra elevado consumo de droga. Trócolli quer instalar na cidade um centro referência para dependentes.
Proposta –
Na campanha, o deputado deve apresentar um projeto de prevenção às drogas com escola integral e centros esportivos nos bairros mais carentes.
Pausa –
Gravando telenovela em João Pessoa, o ator Diogo Vilela deu uma passada no Cassino da Lagoa. Optou pelo leve: peixe grelhado e arroz de brócolis.
Decidido –
O vereador Fernando Carvalho deve deixar o PMDB e a base governista na Câmara de Campina Grande para ser candidato a prefeito pelo PT do B.
PINGO QUENTE – “Já tem uma boca de lobo armada para me pegar de novo”. Do vereador cassado Sérgio da Sac (PRP), de João Pessoa, admitindo deixar a vida pública para não ser pego em nova “armadilha” eleitoral.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024