João Pessoa, 01 de setembro de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A coluna publica hoje desabafo de um leitor que, temendo represália, pede para não ser identificado. Ele denuncia a insegurança no centro comercial de João Pessoa. Cansado de esperar providências, manda ver: “Os comerciantes da Av. Guedes Pereira, no centro de nossa Capital, vivem já, há cerca de um ano, em polvorosa com os sucessivos arrombamentos de suas lojas pelos viciados em crack que ora abrigam-se nas dependências do Edifício do antigo INSS (Duque de Caxias)”.
Eis o relato: “Pois bem, esses viciados e meliantes, comandados por um deles, na calada da noite, sobem nas marquises dos prédios comerciais daquela rua e entram pelos basculantes que arrombam com ‘pés de cabra’, roubando os produtos das lojas para revender ou trocar por crack, etc. A loja Rabelo e as demais, de um lado e de outro dessa rua, já foram arrombadas e roubadas várias vezes”.
E lamenta: “O pior é que se for pedir uma providência da Polícia tem que ficar com o estabelecimento fechado por 24 horas até que a PM faça a vistoria para lavrar a ocorrência e depois disso nada mais é feito, pois segundo a PM, mesmo sabendo de onde parte do roubo não pode prender senão em flagrante”.
O arremate: “O mais curioso é que nem a polícia monta uma vigilância para prender os meliantes em flagrante nem envidam esforços para, junto a PF, esvaziarem o dito antigo prédio que hoje é um covil de ladrões”. Se no Centro está assim, imagine o que se passa nos arredores da cidade, longe dos olhos da Polícia, caro leitor.
Furo –
José dos Santos, filho da vítima fatal de acidente na estrada da Penha, apontou Eduardo Paredes, o mesmo do Caso Fátima Lopes, como o responsável pelo crime.
Furo II –
Ao Correio Manhã (TV), José disse que as testemunhas viram o psicólogo abandonando o local. Terça passada, a coluna foi o primeiro veículo a divulgar a investigação.
Alerta à PF e Justiça Eleitoral –
Fontes da Polícia informam que nas últimas eleições traficantes de várias comunidades da Capital foram contratados por políticos com a missão de arregimentar votos dos moradores. Os eleitores são obrigados a votar nos candidatos indicados pelos “donos” da favela, sob pena de até serem expulsos da área. A estratégia pode se repetir em 2012.
Tribunal derruba recurso –
O TJ declarou ontem a perda do objeto do recurso da presidência da Unimed contra o edital do Conselho Fiscal da Assembléia do dia 13 passado. A decisão valida a pauta e as decisões tomadas, entre elas a contratação de uma auditoria externa independente.
O passado que não larga de Cícero –
A Justiça Federal realiza hoje, às 10h, nova audiência para ouvir o senador Cícero Lucena (PSDB) e representantes das empresas acusadas de participação no esquema de fraudes em licitações. A denúncia, de 1998, é de autoria do Ministério Público Federal.
Zorra total –
Em tom jocoso e debochado, o deputado Raniery Paulino (PMDB) fez requerimento ao governador de Pernambuco para instalação da UPA de Guarabira.
Onda –
Brincalhão, o deputado Trócolli Júnior (PMDB) não quis entrar no mérito, mas cutucou. “Quero parabenizar Raniery pelo prestígio com Eduardo Campos”.
Fuga –
O líder da Oposição, André Gadelha (PMDB), criticou o secretário Waldson Souza pela ausência da sessão que debateu a contratação da Cruz Vermelha.
Faça o que eu digo… –
O deputado Aníbal Marcolino (PSL) não gostou da saída dos governistas do plenário, ontem. Há duas semanas, ele foi à garagem para barrar a permuta.
Na esportiva –
O deputado Guilherme Almeida (PSC) parece ter sido o único oposicionista que não se incomodou com os outdoors. “Deviam ter botado uma foto melhor”.
Voando –
O deputado Janduhy Carneiro embarcou de Brasília na terça-feira, às 23h, de volta à Paraíba na poltrona ao lado do presidente do PPS, Zé Bernardino.
Saudável –
Cinco horas antes, Carneiro se ausentou da reunião do PPS, alegando doença. Um paraibano que estava no vôo jura que viu Janduhy ‘bonzinho’.
Nas nuvens –
Durante o trajeto, Bernardino pilotava no ouvido do deputado tudo o que havia dito ao brigadeiro Roberto Freire. Janduhy voava alto. Aliviado.
Recomendação –
“O partido continua na base do Governo, mas com independência”. Do presidente nacional Roberto Freire sobre o início de crise no PPS paraibano.
O outro lado –
“O bom juiz só é bom juiz quando ouve os dois lados”, frisou Bruno Farias, admitindo que outros setores do PPS deverão contar a outra versão a Freire.
PINGO QUENTE – “Quanto mais a Oposição mexe, mais fede”. Do deputado Adriano Galdino, para quem o voto contrário à permuta do shopping é um excremento que a Oposição deveria se livrar com silenciosa descarga.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
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OPINIÃO - 22/11/2024