João Pessoa, 28 de agosto de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Quem conhece Manoel Júnior nunca duvidou que mais cedo ou mais tarde o deputado federal atropelaria a aparente passividade e jogaria suas cartas na mesa do PMDB. Ele é daqueles sujeitos que consegue ser o mais aguerrido soldado, mas com coragem de peitar até o general se suspeitar estar sendo subestimado.
Manoel nunca camuflou ou tergiversou sobre a sua obstinação por pelo menos ter o direito de disputar a Prefeitura de João Pessoa, projeto que lhe consome tempo e pensamento 24 horas por dia, os sete dias da semana.
Recentemente começou a ver esse sonho, que até então não sofria qualquer restrição, ameaçado exatamente por quem ele acreditava e ostentava ser o principal avalista. O que fazer? Respeitar a hierarquia e baixar as armas ou abdicar da condição de súdito e falar no mesmo tom do rei?
Manoel abarcou a segunda opção, mesmo conhecendo os declives deste terreno. Fez o que poucos maranhistas teriam coragem ao anunciar firme disposição de até bater chapa com Maranhão, seu guru, para manter vivo o plano de ser o candidato do partido.
Afeito a embates, Manoel deve saber que pode sair desse enfrentamento com musculatura maior ou entrar em franco processo de raquitismo nas hostes maranhistas, hegemônica no PMDB e pouco afeita a convivência com contestações.
A insubordinação quebra a monotonia de uma década sem divisões internas no PMDB. A história, entretanto, recomenda cautela. A última disputa em convenção abriu ferida tão profunda que nem a saída do grupo contendor foi capaz de curar.
Pedra –
Se decidiu entrar na “guerra”, Manoel deve acreditar que no diretório municipal já há peemedebistas dispostos a dizer a Maranhão que o tempo dele passou…
De fogo –
Ainda não dá pra saber se com o estopim aceso do enfrentamento a relação de Maranhão e Manoel continuará refrigerada ou será cremada em fogo brando.
Preservação da história do Centro –
O leitor Antonio de Pádua de Oliveira Costa ([email protected]) mostra preocupação com os prédios históricos abandonados, ameaçando a segurança da população. “Gostaria de sugerir-lhe uma campanha apelando para o bom senso das nossas autoridades a fim de reverter a horrível imagem em vários pontos”.
Permuta, reforma e conservação –
Continua: “Acredito que, sem custo para o erário, poderemos ter uma cidade bela e bem cuidada. Bastando para isto oferecer tais imóveis a pessoas físicas ou empresários que queiram utilizá-los em troca de uma reforma que mantenha suas características”.
Reativação e fomento ao emprego –
“Assim teremos, em menos de um ano, todos os imóveis reformados, embelezando a cidade e gerando renda e emprego. Precisamos tomar atitudes proativas em vez de ficarmos assistindo a degradação e marginalização de nossa querida cidade”, exorta.
Parecer –
Causou embaraço ao PMDB da Paraíba a fala do ex-ministro do partido, José Gomes Temporão, em aprovação ao modelo de gestão pactuada na saúde.
Expert – “Essa é uma tendência no mundo”, sentenciou Temporão com autoridade de quem comandou a Saúde do país e foi convidado a reformar o sistema da China.
Tratamento –
O ex-senador Marcondes Gadelha deu uma pausa nas articulações do PSC e desembarcou na França para acompanhar a saúde de uma filha.
Pacificação –
O vereador Bosquinho (DEM) procurou a colega Raíssa Lacerda para por um ponto final nas escaramuças. O líder Bruno Farias (PPS) testemunhou o pacto.
Tem jeito –
O ex-vereador Marconi Paiva foi convidado para o DEM, mas alegou não ter proximidade com Agra. “A gente constrói”, devolveu o autor do convite.
Novo –
Convencido a disputar a Prefeitura de João Pessoa, o cardiologista Ítalo Kumamoto (PSC) se vê, ao lado de Luciano Cartaxo (PT), como o “fato novo”.
Velho –
Um emblema que talvez não cause muito conforto aos ferrenhos adeptos das candidaturas dos veteranos Cícero Lucena (PSDB) e José Maranhão (PMDB).
Trunfo –
O deputado Efraim Filho (DEM) não teme o assédio do PR ao suplente major Fábio “Ele tem boas expectativas de assumir o mandato nos próximos dias”.
Sondagem –
Mal assumiu o mandato na Câmara de João Pessoa, a tucana Vera Lucena já recebeu convite para mudar. Agra tirou de Cícero e o PDT quer arrebatá-la do PSDB.
Reconciliado –
O ex-vereador Watteau Rodrigues se recompôs mesmo com o ricardismo. Além de assumir cargo no Palácio da Redenção, o comunista aceitou filiação ao PPS.
PINGO QUENTE – “Eu continuo votando no bem da Paraíba”. Do deputado Doda de Tião (PMDB) recorrendo ao discurso republicano e voluntarioso para justificar sua relação extraconjugal com o Governo.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
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OPINIÃO - 22/11/2024