Os gregos já pregavam o citado aforismo acima no estímulo ao auto-conhecimento humano como fonte plena de sabedoria. O provérbio milenar bem que se adapta ao desconhecimento que temos de nosso próprio Estado, sobretudo, nas potencialidades turísticas e históricas, as duas que dialogam com relativa facilidade e bons resultados.

Essa preocupação me incomoda muito, no bom sentido, mas voltou a latejar após leitura de novo artigo do professor João Marcelo Alves Macêdo, que vem a ser o presidente do Instituto UFPB de Desenvolvimento da Paraíba, órgão cuja essência é pouco explorada por quem de direito por estas bandas.

No seu mais novo texto, o professor renova a sugestão apresentada em 2014 a título de contribuição ao debate político estadual na eleição, infelizmente marginalizado em detrimento majoritariamente aos ataques pessoais. Dessa vez, ele elenca 16 ações prioritárias para se pensar refletir, planejar e tirar do papel na Paraíba.

Entre elas, uma que bate com minha angústia pessoal de cidadão paraibano. João Marcelo defende, sabiamente, o estímulo ao nosso turismo interno. Diz ele: “Na Paraíba temos várias cidades históricas, e não aproveitamos esse espaço para fomentar a cultura e a visitação, ou seja, o turismo interno no nosso estado”.

Sobeja razão e pertinência o tópico abordado pelo professor. É importante e já há avanços palpáveis, mas de nada adianta a concentração de todos os esforços na atração de turistas de vários recantos do país e do mundo, se não tivermos a capacidade de levar o cajazeirense conhecer o Vale dos Dinossauros, distante 40 km, de Cajazeiras, por exemplo.

Destinos como as Itacoatiaras de Ingá, os Caminhos do Frio, as trilhas de Cabaceiras, a zona rural de Santa Rita com suas igrejas históricas, a Cruz da Menina, a Estátua de Frei Damião em Guarabira, o Pico do Jabre, entre tantos, precisam despertar atenção e encantar primeiro os nativos. Quando se apropriamos do que temos aqui dentro, fica mais fácil convencer os que estão lá fora.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

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