João Pessoa, 16 de agosto de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Ao anunciar ontem os municípios selecionados no Pacto pelo Social, o governador Ricardo não só entabulou a lista dos aprovados nos dois editais do programa. O modelo do Pacto contém muito mais que recursos para projetos nos municípios voltados para Saúde, Educação e Agricultura Familiar.
O formato encontrado pelo Governo para estabelecer convênios com as prefeituras merece outro olhar, além do pacote de verbas em questão. Ricardo Coutinho rompe com uma cultura política arcaica, enraizada nas nossas entranhas.
E não faz favor nenhum. Essa seria a obrigação de todos os gestores que passaram pelo confortável Palácio da Redenção. Nossa constituição trata como imperativa a postura da impessoalidade na gestão pública. Regra que os políticos teimam em mantê-la morta no papel.
Não vou tratar aqui, repito, do montante de recursos. Sou daqueles que procuram enxergar nas coisas mais simples o que tem complexidade para fazer toda a diferença. Claro que os R$ 40 milhões terão repercussão nas cidades e na vida de seus cidadãos.
Mas a nossa Paraíba só vai pra frente a partir do momento que primeiro mudarmos nossa mentalidade tacanha e nosso estilo assistencialista de encarar a máquina como um instrumento a serviço de quem passa uma chuva no poder.
Para pleitear uma obra, o prefeito não deve e nem precisa pedir benção a deputado, governador ou intermediário. E é esse o ponto nevrálgico do Pacto. Incomoda alguns setores, mas prestigia a salutar e necessária relação institucional.
É pau –
O deputado Manoel Júnior (PMDB) rebateu recentes críticas do vereador Bira (PSB). “Ele só tem um mandato e é um ventríloquo do governador”.
É pedra –
Bira pediu uma tréplica. “Ao invés de gastar o verbo contra um simples vereador, ele deveria se preocupar com a fritura do PMDB à sua candidatura”.
É o fim do caminho –
Conforme a coluna antecipou, o prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB), concentrou modificações na Secretaria de Educação. Trocou a secretaria-adjunta, promoveu modificação na Comissão de Licitação e ainda mexeu na Assessoria Técnica da Merenda Escolar. Quer chegar em 2012 sem nenhuma indigestão.
É um resto de toco –
Ex-secretário da Transparência Pública, Edvaldo Rosas, que deixou o cargo pela indisponibilidade com a presidência estadual do PSB, terá um tempinho a dedicar na Assessoria do Gabinete, para onde (Coordenadoria) também vai Geilson Salomão.
É um pouco sozinho –
De última hora, o vereador Raoni Mendes (PDT) foi recambiado para a Chefia de Gabinete no lugar de Alexandre Urquiza (PSB), comboiado para cuidar da Transparência da gestão socialista. E Urquiza já vinha pegando gosto pelo Gabinete…
Informalidade –
Agra explicou porque se rendeu às redes sociais e já faz anúncios no twitter. “Não sou chegado à pompa e circunstância. Não gosto muito de atos solenes”.
Vapt vupt –
Luciano não deu trégua e já empossa os auxiliares hoje, no próprio Gabinete. “Eu quero que eles trabalhem logo. Temos muito que fazer e o tempo é curto”.
Extra-forte –
O governador Ricardo atribuiu à reprise da denúncia do feijão na Veja a articulação de “quem se considerava poderoso e mandava nas secretarias do Governo”.
Recado à imprensa –
O líder da Oposição, André Gadelha (PMDB), confessou à coluna. “Não agüento mais falar em infidelidade de Doda. Quero discutir os grandes temas”.
Abre alas –
O prefeito de Queimadas, Carlinhos de Tião (PMDB), acertou filiação ao PSC. Não se sabe se o irmão, Doda, em conflito com o PMDB, terá idêntico destino.
Retomada –
O engenheiro Gustavo Belmont, do consórcio Projetec-Eicomnor, informou ao secretário Efraim Morais sobre a continuidade da dragagem do Porto.
Carga máxima –
Com o aditamento para até 30 de outubro, a empresa responsável pela obra garantiu a contratação de uma outra draga para tocar os serviços em Cabedelo.
Triângulo –
O vereador Felipe Leitão (PRP) e a direção do PV andam conversando. O namoro provoca ciúmes nos recém-filiados que querem evitar concorrência.
Mobilização –
Reunido ontem, o diretório do PDT acertou a realização de uma grande campanha de filiação ao partido, no dia 2 de setembro, no Ponto de Cem Réis.
Omissão –
Se a Secretaria da Articulação Municipal registrou 197 inscritos no Pacto pelo Social, cabe perguntar onde estavam os outros 26 prefeitos.
PINGO QUENTE – “Parece quem tem bullyng contra pobre na política”. Do deputado Toinho do Sopão (PTN) se queixando de “ discriminação” da imprensa paraibana a políticos com perfil exótico igual ao dele.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba
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TURISMO - 19/12/2024