João Pessoa, 02 de agosto de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A redução da dívida estadual em quase R$ 700 milhões e a aproximação dos gastos com pessoal ao limite exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal é um sinal de que os cofres do Estado começam a entrar nos eixos.
Se a notícia anima os técnicos e pensadores do Governo, ela só aumenta a responsabilidade do governador Ricardo Coutinho e sua equipe. É que conquistada a fase de equilíbrio financeiro, o Governo agora não terá mais desculpas.
De agora em diante, a cobrança será dobrada. Com as finanças mais ou menos em ordem, a gestão terá que se esforçar para atender as demandas reprimidas da sociedade paraibana, por décadas relegadas ao esquecimento.
E o Governo não contará mais com o argumento da quebradeira, exaustivamente sacado para justificar as turbulências da etapa inicial da administração socialista. Até o final do ano, Ricardo terá que exibir mais ação e menos discurso.
Os números divulgados pelos secretários Luzemar Martins e Aracilba Rocha ainda não revelam o saneamento completo das contas, mas já projetam expectativa de melhoria considerável, tendo em vista que o quadro era bem mais delicado.
De qualquer forma, se o Governo decidiu tornar pública a situação do erário e apontar avanços na sua política fiscal presume-se que a intenção era também tranquilizar os paraibanos da perspectiva de dias melhores. Que eles venham. Logo!
Orçamento –
Em 2010 houve déficit de R$ 411 milhões. Em junho deste ano, o resultado positivo foi de R$ 192 milhões, segundo o secretário Luzemar Martins.
Empurrão –
Para Luzemar, o crescimento de 10% da receita nos últimos doze meses contribuiu muito para a melhoria do desempenho fiscal da Paraíba.
Couto, Rodrigo e a proposta de acordo – Foi durante um café da manhã no último domingo, em São Paulo, durante seminário nacional do PT. O presidente estadual da legenda, Rodrigo Soares, propôs ao deputado federal Luiz Couto um acordo em torno da candidatura própria em João Pessoa. Antes de entrar no tema, Couto mandou: “É difícil porque você não cumpre acordo”.
Perdas e ganhos nos cargos –
Setores do PT já dão como certa a perda dos comandos da CBTU, sob o domínio de Lucélio Cartaxo, e da secretaria federal da Pesca, cujo titular é indicação do deputado Anísio Maia. Mesmo assim, o partido ficará com cinco dos doze cargos federais.
Nomeações no forno –
De acordo com os últimos informes da Casa Civil do Governo Dilma, os próximos petistas a serem nomeados na Paraíba serão Antônio Barbosa, no Ibama, e Giucélia Figueiredo, no Ministério do Desenvolvimento Agrário. É questão de dias, dizem.
Estratégia –
A direção do PT se reuniu ontem à tarde para definir detalhes do Fórum pela Candidatura Própria que será lançado hoje na Capital.
Em carne… –
O superintendente da Emlur, Coriolano Coutinho, chamou de baboseira as denúncias de sobrepreço da carne em licitação, insinuado pela Oposição.
…E osso –
Para Coriolano, a denúncia da Oposição não “passa de um factóide”, cujo objetivo é atingir seu irmão, o governador Ricardo Coutinho.
Peitando –
O deputado Gervásio Maia teria subido o tom com Maranhão, durante a reunião do PMDB, conforme relato do advogado Josué Guedes.
E quem faz? –
Após reiterar permanência no PMDB, o deputado Trócolli Júnior avisou que não compartilhará com a política do quanto pior melhor.
Pra lascar, não! –
“O que eu não posso é achar que o Governo tem que se lascar. Eu tenho responsabilidade com a Paraíba”, ponderou o parlamentar.
High tech –
O prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB), demorou, mas aderiu às redes sociais e inaugurou ontem seu perfil no micro-blog twitter.
À “la Peninha” –
O deputado Toinho do Sopão (PTN), pretenso candidato a prefeito da Capital, foi visto no meio da multidão na Festa da Neves. Sozinho.
Pra boi dormir –
Enquanto a cidade de Salgado de São Félix vive estado de calamidade, a Prefeitura contrata duas bandas para festa de vaquejada.
Tudo ou nada –
O vereador Antônio Pereira (PSB), de Campina, vai procurar o presidente do PSB, Edvaldo Rosas, para pedir sua “carta de alforria”.
PINGO QUENTE – “Era um negócio meio mole. Vi que não era bomba e abri”. Do presidente do PMDB, Toinho Souza, jurando ter recebido pacote de adesivos “O velhinho vem aí” de um vendedor de laranja. Podia ser mole, mas provocou cara dura.
*Reprodução do Correio da Paraíba
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OPINIÃO - 22/11/2024