João Pessoa, 23 de julho de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Aquele velho PT de outrora, de lutas e causas da Paraíba da década de 80, não existe mais. O partido cresceu é bem verdade. Mas ainda está longe do que poderia ser na política paraibana. Bastava reproduzir em 10% o crescimento nacional.
Originalmente formado por diversas tendências, a divergência corre nas veias do PT. Aliás, é isso que mantém a legenda viva. Uma raridade na vida política partidária paraibana, onde a maioria dos espaços serve de aluguel ou de abrigo familiar.
Na Paraíba, o PT decide, mas não se une. A corrente derrotada não se rende às teses majoritárias e o partido segue amargando um racha interno e deixando de aumentar de tamanho. A guerra no PT está longe dos princípios. É por “espaços”.
No Governo Maranhão III, o grupo de Luiz Couto rachou porque ficou de fora da fatia abocanhada exclusivamente pela ala liderada por Rodrigo Soares e Cia. O que fez Couto? Agarrou-se na candidatura do PSB para garantir espaços futuros.
No Governo Ricardo I, a situação se inverte. A procissão do padre está toda na Igreja do Mago, e a turma da outra banda petista ficou sem a chave do depósito das hóstias. Toda a rebeldia de Luiz agora foi transferida para Luciano, Anastácio e Anísio.
Em João Pessoa é a mesma coisa. O PT de Agra luta para manter ou ampliar os espaços na gestão municipal, enquanto o PT alinhado ao maranhismo só quer saber de candidatura própria porque não tem as mesmas regalias. E assim vão seguindo os “trabalhadores” do partido. Em busca de empregos.
Divergência –
Integrante da ala da candidatura própria, o deputado Anísio Maia (PT) discordou dos aliados que abandonaram a reunião do diretório municipal.
Bobagem –
“Aquilo foi uma tolice. A resolução aprovada não foi até sensata. Eles vão rever isso”, criticou Anísio, censurando a atitude de Rodrigo e Luciano.
Macêdo e a matemática do professor Castilho –
Após aprovação da Resolução que barra, por enquanto, a candidatura própria, o vice-presidente do PT de João Pessoa, Jackson Macêdo fez questão de telefonar ao colunista só para provocar o ex-presidente, Anselmo Castilho. “Ele disse na sua coluna que essa tese teria 22 votos de maioria. Ele gazeava as aulas de matemática no João XXIII”.
Em João Pessoa e alhures –
“Por que o grupo de Rodrigo Soares não defende também candidatura própria em Campina Grande, onde o partido é aliado do prefeito Veneziano, do PMDB”? Pergunta do superintendente do Sebrae, Júlio Rafael, aos defensores da postulação de Cartaxo.
Rodrigo, o PT e os resquícios do passado –
O presidente estadual do PT, Rodrigo Soares, tentou amenizar a crise interna, revelou crença na unidade partidária e atribuiu indiretamente às divergências a certos setores da política que “estão há 20 anos trabalhando pela discórdia”, numa alusão a Ricardo.
Tudo passa… –
Nas últimas horas, houve quem lembrasse os adjetivos impublicáveis utilizados por Luciano Cartaxo no auge da mágoa com Rodrigo.
Campo aberto –
Defensores da candidatura própria do PT juram que pesquisas de consumo interno mostram cenário semelhante ao de Ricardo em 2004.
Palanque armado –
O deputado Luiz Couto (PT) aconselhou a bancada estadual do PT a aceitar o resultado de 2010. “Não tem terceiro turno. Acabou a eleição”.
Convergência –
Na esteira da opinião da coluna de ontem, o senador Wilson Santiago (PMDB) defende diálogo da bancada e do Governo pelas vítimas das chuvas.
Pela Paraíba –
“É preciso participação mais efetiva do Governo Federal nessas ações, o que será viável com a unidade do Governo e bancada”, pregou Santiago.
Boato –
O deputado Domiciano Cabral (DEM) negou articulação para criação de um bloco independente na base governista. “Isso não existe”.
Alívio –
O ex-superintendente do DER, Inácio Bento Morais, comemorou a aprovação no TCE de suas contas referentes ao exercício de 2007 e 2008.
Oxigenação –
Depois de 20 anos, Assis Camelo perdeu o comando da Associação dos Procuradores da Paraíba para Sanny Japiassú. “Agora é um novo momento”.
Olho aberto –
O Balanço Geral (Correio FM) lançou ontem na Epitácio Pessoa a campanha Anjos da Vida, onde o cidadão será fiscal voluntário do trânsito.
Negatividade –
A propósito da coluna de ontem, a leitora Brênia Brito registra. “Além do nome do Estado, também tem nossa Bandeira com o Négo”.
PINGO QUENTE – “O meu coração diz que sim e a razão diz que não”. Da secretária Laura Faria à Politika, fazendo charminho sobre a sua já sacramentada decisão de disputar a vereança em João Pessoa.
*Reprodução do Correio da Paraíba
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