João Pessoa, 12 de março de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Onde estão os nossos combativos movimentos sociais? Há de se perguntar se os seus representantes estão morando no mesmo país chamado Brasil. Há se indagar seus os seus líderes estão acompanhando os escândalos de corrupção e desvio de recursos públicos descobertos pela operação Lava Jato.
Onde estão aquele pessoal que, por muito menos, ocupava sindicatos, plenárias e as ruas para protestar contra governos e desmandos administrativos? Serão que estão assistindo os depoimentos em rede nacional da CPI da Petrobrás, nos quais diretores da estatal confessam publicamente os esquemas de propinas para financiar projetos políticos com o dinheiro do contribuinte?
Em qual caverna se escondeu o romântico e aguerrido movimento estudantil? Está resumido a aqui e acolá fazer algum barulho contra o aumento anual de passagem, quando muito? O que significa sua posição inerte, paralisada e silente diante de tão graves episódios da vida nacional?
Alguém aí, por favor, belisque alguém da CUT e alerte que os trabalhadores brasileiros também foram tomados por assalto, por tabela, com a ação da quadrilha instalada na Petrobrás. Há alguma passeata ou manifestação programada para repudiar a bandalheira que corroeu quase por completo nossa maior estatal?
E o nosso destemido MST, ein?! Seus integrantes estão fechando avenidas e estradas chamando atenção para atrasos nos projetos de assentamentos e construção de casas. Não imaginam que o recurso que abundou nos desvios faltou exatamente para viabilizar seus justos pleitos?
Onde estão aqueles que, legitimamente, defendiam sem constrangimento o “Fora FHC? Diante da desavergonhada hemorragia ética constatada por Ministério Público e Polícia Federal, onde está a agitada e politizada militância que pichava muros, pregava a ética na política, a transparência dos gastos públicos e rigor contra os corruptos, no passado? O Brasil do presente, afogado em escândalos, manda lembranças…
Curto… –Rolou o maior mal-estar entre os senadores Cássio Cunha Lima (PSDB) e Randolfe Rodrigues (PSOL). Tudo por causa da coleta de assinaturas de CPI’s no Senado.
…Circuito – Procurado por Cássio, Randolfe não assinou a CPI da Petrobrás, mas ontem protocolou a do HSBC sem pedir assinatura do tucano, que ficou chateado. Rodrigues se explicou.
Novidades em curso – Outro dia a Coluna questionou o que se projeta de “novo” no Ricardo II, sob o risco de a segunda gestão virar mera continuidade dos projetos, ações e obras da primeira. Já há uma pista. O governo planeja e engatilha ‘novidades’ na área de Ciência e Tecnologia, um setor que vai merecer atenção especial do governador.
Atrações – A inauguração da reforma do Ronaldão hoje, às 19h, terá duas personalidades de silhuetas semelhantes. Um ‘mago’ governador e um Fininho, famoso jogador de futsal.
Bombeiro – Aliado do prefeito Luciano Cartaxo e votado pela categoria dos professores, o vereador Benílton Lucena (PT) caiu em campo para tentar evitar greve na Educação. Sem êxito.
Desvio – O vereador Raoni Mendes (PDT) insinuou nepotismo praticado pela secretária de Saúde, Mônica Rocha. Ele vê irregularidade no contrato do marido da secretária.
Caixa – R$ 40 milhões. Eis a previsão de arrecadação da Prefeitura de João Pessoa com pagamentos do IPTU e TCR, segundo Paulo Freire, diretor de Tributos da Capital.
Embreagem – O prefeito Romero Rodrigues (PSDB) não vai polemizar com o aliado Cássio Cunha Lima (PSDB) sobre sua decisão de deixar o ninho tucano. Prefere sair sem traumas.
Missão – O ex-senador Wilson Santiago (PTB) foi designado para tentar conciliar a fusão do seu partido com o DEM nos estados onde há conflitos de entendimentos entre as legendas.
Retrovisor – Tovar Correia (PSDB) reagiu ao líder Hervázio Bezerra (PSB), que vez por outra exuma a gestão passada na Assembleia. “Vamos acabar com isso. Olhe pra frente”, sugeriu.
Duas – Durante debate sobre as ‘cinquentinhas’ na CCJ da Assembleia, o diretor-geral do Hospital de Trauma da Capital, Edvan Benevides, compartilhou números alarmantes.
…Rodas – “A taxa de óbito por acidente de moto é 8 a cada 100 mil. Esse número supera muito ao que ocorre em cenários de guerra”, registrou o médico, preocupado com os dados.
Epidemia – “Tivemos um crescimento de 366% em 18 anos nesses atendimentos e 55% dos atendimentos do SUS atualmente são causados por acidentes de motocicleta”, registrou.
PINGO QUENTE – “Nosso sistema eleitoral está falido e ultrapassado”. Do secretário de organização estadual do PT, Jackson Macêdo, para quem muitos deputados eleitos praticam um gasto na campanha e declaram outro ao TRE.
*Reprodução do Correio da Paraíba.
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OPINIÃO - 22/11/2024