João Pessoa, 02 de julho de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O governador Ricardo Coutinho tem três anos e meio para botar em prática o que a Paraíba espera dele desde o momento que o paraibano ousou a acreditar no discurso da mudança e no salto prometido no guia eleitoral e nos palanques.
É até natural que a cobrança a Ricardo seja bem superior em relação aos outros ocupantes do Palácio. Se o crédito dado nas urnas em outubro passado foi muito grande, a paciência de quem apostou nesse projeto é pequena e exige resultados pra ontem.
Para começo de conversa, o primeiro dos oito semestres pode ser considerado regular. Não dá pra fazer um governo de ruptura colhendo os resultados no processo da semeadura. E é por esse estágio que a Paraíba está passando.
O Governo iniciou o preparo do arenoso terreno, promovendo o equilíbrio fiscal, e encontrou pela frente vários declives, especialmente na relação conflituosa com o servidor. Não há fórmula de plantar, sem arar a terra.
Paralelamente, a gestão socialista semeou. Destravou obras, deu continuidade a convênios dos antecessores e distribuiu sementes próprias, como o Empreender, o Orçamento Democrático e o Pacto pelo Social, que podem germinar mais na frente.
Friamente, só se pode esperar a tão aguardada colheita dos frutos a partir do próximo ano. Pra quem assistiu décadas de plantação perdida, resta a esperança nesta nova lavoura. E não pode faltar ao lavrador o adubo para fertilizar esta terra.
É pau –
Em síntese. A Oposição critica o Governo Ricardo porque as três áreas mais cruciais (saúde, educação e segurança) estariam mal das pernas.
É pedra –
A base governista considera prematura qualquer avaliação, acha que é preciso mais tempo e aposta na superação das dificuldades desta fase.
Maranhão avalia 1º semestre de Ricardo –
A visão do ex-governador José Maranhão (PMDB) sobre os seis meses da atual gestão é simplista. Maranhão fez um rosário de críticas ao governador, com destaque para o corte de gratificações e a redução do quadro de pessoal do Estado. Esquece que o inchaço não era culpa nem dos contratados nem do atual Governo.
Pisando em ovos –
Em Campina Grande, questionado pelos jornalistas, Maranhão desconversou sobre suas pretensões políticas na eleição do próximo ano em João Pessoa. Também pudera. Bem ao lado estava o deputado federal Manoel Júnior (PMDB), ouvindo tudo atentamente.
Afagos de Temer –
Na visita ao São João de Campina, o vice Michel Temer se derramou em elogios ao ex-governador José Maranhão. “Maranhão é uma prioridade dentro do PMDB”. Temer só temeu explicar porque até Geddel Vieira foi nomeado e nosso conterrâneo nada.
Na coletiva –
A imprensa campinense ficou na bronca. Uma grade separava o vice dos poucos repórteres que conseguiram se aproximar da “jaula”.
Rompimento –
O cientista político Gustavo Tavares, da UFPB, classificou o Governo RC de gerencialista. “Ele não enveredou pelo populismo”.
Confraria –
Pelos cálculos do experiente advogado Marcos Pires, o STF levará dois anos para julgar a denúncia acatada contra o senador Cícero Lucena (PSDB).
Cruz –
Se a previsão se concretizar, Cícero chegará a 2012 com uma espada na cabeça. Nem é culpado, mas também não terá o atestado de inocência.
Extrato –
Há um mês, bandidos arrombaram o caixa eletrônico do BB da secretaria de Saúde de João Pessoa, mas o pavio da notícia não detonou.
Passe livre –
“Respeitaremos a decisão de Tavinho”. Do ex-deputado Dunga Júnior demonstrando o grau de interesse do PTB na permanência do vereador.
Acordo… –
O suplente Carlos Dunga (PTB) revelou à coluna que acordo feito com o senador Cícero Lucena, em 2006, não vem sendo cumprido.
…Quebrado –
Quando abdicou de disputar a reeleição na Câmara, Dunga recebeu a promessa de que Cícero tiraria uma licença no Senado, anualmente.
Sobremesa –
A propósito, Dunga almoçou esta semana com o ex-governador Cássio e jura que não degustaram nada sobre a candidatura de Cícero na Capital.
A última –
Pelo andar da carruagem, o vereador Sérgio vai ter que encher muito o SAC da Justiça, se quiser o mandato de volta na Câmara de João Pessoa.
PINGO QUENTE – “Estamos só paquerando”. Do presidente estadual do PTB, Armando Abílio, sobre a reconciliação com o Governo, que, pela química atual, não terá clima para lua de mel.
*Reprodução do Correio da Paraíba
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