João Pessoa, 01 de julho de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A Oposição parte com fortes nomes para a sucessão municipal em João Pessoa, mas começa errando quando adentra no processo carregando a certeza de que o prefeito Luciano Agra (PSB) é um candidato à derrota. Presunção ou euforia excessiva.
Dotado de caciques e nomes em ascensão, o bloco oposicionista não pode cometer esse amador equívoco, se quiser realmente ter chances de recuperar o poder na Capital, após oito anos (Ricardo/Agra) de jejum.
Os adversários não podem se apegar apenas ao fato do gestor socialista ser desconhecido e dimensionar a longa estrada política dos pré-candidatos da Oposição como vantagem decisiva. É um erro achar que só este aspecto liquida a fatura.
Os oposicionistas também não podem arriscar todas as fichas na estadualização da eleição. Qualquer aposta agora é prematura. No ano vindouro, o que hoje a posição vislumbra como desgaste pode ser revertido. A virada de 2010, quando Ricardo era tido como derrotado, é um exemplo. E aquela reviravolta se deu em curto espaço de tempo.
Por mais paradoxal que pareça, não despontar como figura política tradicional pode beneficiar Agra. O conceito popular sobre os políticos não anda lá muito bem. Por ser técnico e distante do jogo dos bastidores, o arquiteto inspira certa dose de confiança.
Além do mais, a lógica pessoense tem contornos bem peculiares e o estilo das gestões de Cícero e Maranhão será confrontado. A Oposição terá que convencer o eleitor que o seu modelo de governo supera o projeto administrativo atual. Eis o desafio.
Carma –
O dia de ontem não foi dos melhores para o senador Cícero Lucena (PSDB). O STF acatou, por unanimidade, denúncia do Caso Confraria.
Sem dolo – “Se houve algum erro formal, vamos provar que não houve intenção”. Do senador Cícero Lucena ao comentar a decisão do Supremo.
A tese de Cícero em João Pessoa –
Ao Correio Debate (rádio), Cícero defendeu a unidade das oposições nas eleições de 2012 em João Pessoa para enfrentar Luciano Agra, mas ainda não quis adiantar se advoga a estratégia de uma ou mais candidaturas das forças oposicionistas. “É cedo. Daqui a um ano ninguém sabe nem se está vivo”.
Liderança e mordaça na Oposição –
Na mesma entrevista, Cícero desabafou mágoas contra o ex-seguidor Hervázio Bezerra (PSDB), novo líder do Governo Ricardo. “Hervázio Bezerra era o mais radical opositor a Ricardo Coutinho. É só pesquisar nos anais da imprensa da Paraíba”.
No silêncio da serra –
Hervázio, por sua vez, não pôde ouvir e nem avaliar as críticas do presidente estadual do seu partido. Isolado e sem notícias da terra civilizada, como cantaria Luiz Gonzaga, o deputado descansa em sua bucólica granja nos arredores da terra natal Bananeiras.
Versão Holanda –
O Grupo Holanda nega negociação com Cícero e Jereissati na construção de um shopping. “Não temos vínculo com qualquer grupo político…”
Solo –
“…Nossos investimentos sempre foram pautados no desenvolvimento de João Pessoa sem ligações políticas”, sustentou Alisson Holanda.
Não topou –
Até onde a coluna captou, o empresário Aldenor Holanda foi sondado para tocar o projeto, mas não se sentiu atraído pela proposta.
Reaparição –
O ex-governador José Maranhão ressurgiu em evento público no São Pedro de Mamanguape e causou rebuliço entre aliados na cidade.
Ciúmes –
O PMDB local se queixou dos afagos de Maranhão para o prefeito Eduardo Brito. “Acho isso uma traição”, disparou Doutor Quequinha.
Divã –
Psicólogo, Hervázio Bezerra terá que aplicar todos os seus conhecimentos para tratar a Síndrome dos Cargos, reclamada por alguns deputados.
Corujando –
“Renato está fazendo um excelente trabalho”. Avaliação do pai, Damião Feliciano (PDT), negando boato de remanejamento do filho.
Mata fresca –
O PSB anunciou ontem a filiação do vice-prefeito de Nova Floresta, Gilson Borges, mais um petebista que abandona Armando na selva.
Pacto pelo Social –
Das 215 cadastradas, 142 prefeituras enviaram 360 projetos à Articulação Municipal. “Além da expectativa”, avaliou o secretário Manoel Ludgério.
Pelo menos… – Torpedo do trezeano Cássio Cunha Lima para o botafoguense Ricardo Coutinho, após a decisão do STJD. “Quem disse que eu não tenho sorte na Justiça”?
PINGO QUENTE – “No PSDB a gente dá asa e depois uma cortadinha”. Da vereadora pessoense Eliza Virgínia (PSDB), novata, mas já por dentro do ABC da cartilha tucana.
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TURISMO - 19/12/2024