João Pessoa, 12 de junho de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Com voto ou sem voto, Wilson Santiago pisou no tapete azul do Senado e dele não quer mais sair. De jeito nenhum. Ainda que o seu principal sustentáculo, a Lei da Ficha Limpa, tenha caído no Supremo Tribunal Federal.
A tendência natural seria a desocupação da cadeira em poucos dias. Não é o que está se vendo. Após três meses do STF suspender os efeitos da Lei para as eleições passadas, o peemedebista permanece senador e Cássio espera no banco.
Os agravos impetrados por Santiago para sustar a posse do tucano devem entrar na pauta do Supremo na próxima semana. Em tese, a causa está perdida porque durante toda a peleja judicial em nenhum momento se sacou os dispositivos da Lei das Inelegibilidades para detonar o registro do ex-governador.
Mas algo diferente paira no ar. Não há um só passo de Santiago que combine com o clima e o perfil de quem está prestes a ser destronado. Toda a movimentação de Wilson tem sido com a pisada de quem não pensa no caminho de volta.
Nos últimos dias, Wilson e o filho, o deputado Wilsinho, tem se esmerado na prospecção de espaços e na construção de parcerias com diversos setores da mídia e da política. Coisa de quem carrega “certeza” de que continuará com o mesmo status quo.
Pode ser só jogo de cena ou parte de uma estratégia para robustecer o Plano B, após o desfecho da Justiça. Ou, de fato, Santiago dispõe de um trunfo, cujo teor vai além do que nossa capacidade elucidativa pôde captar.
Confiança –
Nada disso assombra o advogado Luciano Pires, que mantém crença na iminente posse de Cássio. “Será a última estratégia procrastinatória. Não deve alterar nada”.
Rílex? –
“Eu não tenho preocupação com isso. Tudo é tranqüilidade”. Do senador Wilson Santiago (PMDB), questionado sobre a expectativa para o julgamento do STF.
Ricardo tá vendo tudo – Agora, foi o próprio governador Ricardo Coutinho quem se queixou do comportamento de parte da bancada governista pelos sucessivos boicotes às votações de projetos na Assembléia. “Eu prefiro acreditar que foi apenas coincidência e que será superada. Não vejo motivo algum para isso”. De certa forma, admitiu os ruídos.
A cobrança do vice –
O vice-governador Rômulo Gouveia, ao seu modo, mandou um recado aos deputados aliados. “Todos os projetos que estão lá são do interesse da população, não do Governo. Até mesmo a oposição deve analisar e agir com responsabilidade”.
CRM de ontem e de hoje –
O vereador pessoense Bira Pereira (PSB) acusou o CRM de agir com dois pesos e duas medidas. O socialista lembrou que ano passado havia problemas graves e plantões em atraso no Trauma e mesmo assim o Conselho preferiu se fingir de morto.
Reconciliação? –
O que conversavam no Cassino da Lagoa os desafetos Buba Germano (Famup) e o deputado Manoel Júnior? Alguma questão comum a dois municipalistas?
Otimista –
O deputado Lindolfo Pires (DEM) aposta em superação dos problemas internos da bancada e prevê votação na próxima semana. “Vamos dá a carga máxima”.
Sem perdão –
Ao saber que a exclusão das lotéricas dos recebimentos do Detran foi obra do Governo passado, o deputado Aníbal Marcolino não amortizou: “Está errado também”.
Migração –
O vereador Bruno Farias não se abateu com a debandada no PPS. Para ele, os suplentes saíram porque o partido deixou de ser pequeno e entrou na lista dos influentes.
Candidato –
“Não sou candidato de mim mesmo. Pretendo manter o ritmo administrativo”. Do procurador Oswaldo Trigueiro, sobre sua candidatura à reeleição no MP.
Trégua –
Após desgaste dispensável, Governo e alunos do Lyceu Paraibano entraram em consenso. Uma nova eleição para direção da escola resolverá o impasse.
Ameaça –
Grupo de deputados prepara documentação para acionar o colega Tião Gomes (PSL) no Conselho de Ética. Querem provas da suposta compra de votos na Casa.
O troco –
Tião não se amedronta e devolve com mais uma bravata. “Vou à Corregedoria, mas com a presença do Ministério Público e de um juiz. Vou de peito aberto”.
Heranças –
Pela permanência de alguns auxiliares do antecessor, dá pra perceber que o prefeito de Cajazeiras, Carlos Rafael, não conseguiu formar a equipe dos seus sonhos.
Recém nascido –
Investigações preliminares apontam que o grampo encontrado no Gabinete da Presidência tem tenra idade e deve ter sido parido há no máximo três meses.
PINGO QUENTE – “Dificuldade foi sair da roça”. Do ainda senador Wilson Santiago sem stress diante da conturbada pendenga judicial com Cássio.
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TURISMO - 19/12/2024