João Pessoa, 07 de junho de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Eu prefiro imaginar que não entendi direito. É melhor. Não quero crer que nos porões dessa Paraíba exista gente torcendo pelo pior. É demais ter que conviver com a possibilidade de haver setores capazes de utilizar a greve dos médicos do Hospital de Trauma como parte de uma estratégia política contra um rival.
Não. Seria muita pequenez decidir cada passo desse cruel movimento de dentro de um famoso escritório, onde os pensadores da recém inaugurada “resistência” se reúnem religiosamente no traço da reedição de uma revanche política.
Tudo bem que há naturalmente quem não tenha absorvido o resultado das urnas, mas daí transformar esse trauma em ônus mortal na vida de inocentes, alheios às disputas partidárias, já vira uma patologia psicológica perturbadora. E grave.
Recuso-me a acreditar que as ligações de dirigentes do CRM a setores do PMDB, de certa forma até aceitáveis na democracia, e as afeições de figuras do Sindicato dos Médicos com segmentos do PT motivem o tensionamento e a má vontade destas entidades no deslinde normal de um acordo, que já chegou a bom termo.
Se o Governo atende o valor do plantão, cria-se empecilho na assinatura do termo. Efetivos são estimulados à adesão. Para suprir a demanda, o Governo chama profissionais de outro estado, que passam a ser intimidados. Paciência. É bem verdade que a rotina da profissão médica propicia sangue frio, mas não deixem que a frieza suje de sangue essa mesa de negociação. Que sobre ela haja bom senso. Jamais cadáver.
Truncada –
Por erro de diagramação, o artigo da coluna de ontem, intitulado “Refém, não” saiu truncado e sem as últimas duas linhas, o que prejudicou a compreensão do raciocínio.
Arrocho –
O texto terminava dizendo que se o Governo pecou por deixar o impasse esticar demais no Trauma, acertou quando tenta impedir que a corda arrebente do lado mais fraco.
Antes de virar deputado –
Ao Correio Debate (rádio), o deputado Toinho do Sopão (PTN) revelou ter sido praticamente expulso de sua terra natal (Piancó). A mãe de Toinho testemunhou uma tentativa de homicídio e passou a ser ameaçada de morte. Temendo pela vida dos filhos, ela buscou refúgio em João Pessoa na casa de um casal, onde encontrou apoio.
As mágoas de Toinho –
Direto ao assunto, Toinho revelou publicamente insatisfação com o tratamento dispensado pelo Governo. Ele se queixou de falta de atenção e de ser pouco ouvido nas indicações de cargos, apesar de ter sido o recordista de votos em João Pessoa.
Hora de virar a página –
O secretário de Educação, Afonso Scocuglia, deveria dá o gesto agora e traçar acordo com a categoria. O Governo se comprometeria a ressarcir pelo ponto cortado e os professores a fazer o planejamento da reposição de aulas. É preciso virar a página.
Emergência –
“Não vou ficar de braços cruzados. É a vida que está em jogo. Nada é mais importante”. Do governador Ricardo Coutinho sobre a contratação emergencial de médicos cariocas.
Previdência –
Partiu do secretário de Comunicação, Nonato Bandeira, a confirmação da disposição do Governo solicitar médicos das Forças Armadas, em caso de necessidade no Trauma.
Ética do Conselho –
O presidente do Conselho Regional de Medicina, João Medeiros, sacou o Código de Ética para acusar os médicos cariocas de infração por substituírem grevistas.
Esforço concentrado –
A Mesa Diretora da Câmara de João Pessoa tenta hoje colocar em pauta de votação pelo menos 80 projetos de lei encalhados ao longo dos últimos três meses na Casa.
Tranquilidade –
Qual é o trunfo guardado na manga que dá ao deputado Wilsinho Filho (PMDB) relativa certeza da permanência do pai, Wilson Santiago, no Senado?
Enxugando gelo –
O vereador Marcus Vinicius minimizou ontem a crise interna no PSDB entre ciceristas e cassistas. “Qual é o partido que não tem problemas”, indagou Vinicius.
Recuo –
O deputado Gervásio Filho (PMDB) garantiu ontem que a Oposição só lançará mão do recurso da obstrução de votação se o Governo travar o diálogo com a Assembléia.
Ponte aérea –
Nesta semana, dois ministros visitam João Pessoa. Ideli Salvati, da Pesca, desembarca hoje. Aloísio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, chega nesta quinta-feira.
Revanche –
Nos bastidores do PMDB, ganha força a tese de candidatura José Maranhão em João Pessoa. Há quem veja no ex-governador o único páreo para enfrentar Agra.
Sem trégua –
O deputado Romero Rodrigues (PSDB) não dá imunidade ao prefeito Veneziano nem no São João. Reclama de falta de médicos nos PSF’s e dos buracos na periferia.
PINGO QUENTE – “Estão querendo queimar o filme do prefeito”. Da altruísta vereadora Eliza Virgínia (PSDB) reclamando a falta de defesa governista contra denúncias que ela própria faz. Comovente!
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