João Pessoa, 05 de junho de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A onda que afogou a reeleição de José Maranhão e fez Ricardo Coutinho navegar vitória não baixou na tábua da maré política paraibana. A maré da renovação continua alta e ganha volume capaz de quebrar sobre oligarquias e dinastias instaladas nos mais diversos e longínquos recantos do nosso Estado.
Não é difícil de entender. O eleitor encabulado da pequena cidade, acostumado com o mandonismo de quem vê na Prefeitura apenas uma extensão do próprio terreiro, percebeu que há um poder capaz de vencer o abuso econômico, a dominação partidária e a intimidação dos contrários: a força do próprio povo.
Até nas mais acanhadas cidadezinhas o eleitor se apossou dessa crença e já não se amedronta diante do poderio de quem governa com mão de ferro. O cidadão custou, mas hoje tem a nítida noção de que o poderoso só pode enquanto for digno do seu voto e confiança, frequentemente menosprezados por quem deveria honrá-los.
Se o povo ganhou mais consciência, os donos do poder continuam teimosos e descrentes nesse processo. Preferem acreditar que basta garantir polpuda verba para o comitê de campanha, algumas velhas e surradas promessas, e o insatisfeito de hoje logo esquece as humilhações e descaso com o erário de ontem.
É natural de quem acha que vê no eleitor apenas um detalhe na engenharia do “vale tudo” da perpetuação do domínio e jugo pesado. Melhor mesmo que eles continuem pensando e subestimando assim. A queda é maior. E definitiva.
Liderança –
Se o Sistema Correio começou maio sendo campeão no rádio, a empresa inicia junho comemorando a liderança disparada da TV Correio (Record), segundo o Ibope.
No topo –
Destaque para o sucesso da audiência do Correio Manhã, do polêmico Fabiano Gomes, e do Correio Verdade, da irreverente dupla Samuka Duarte e Emerson Machado.
Cássio e as turbulências de Ricardo –
Ao repórter Roberto Targino, do portal MaisPB, o ex-governador Cássio Cunha Lima comentou a turbulência vivida pelo Governo. “Saúde e Educação são desafios em qualquer Governo. O importante é estarmos imbuídos no propósito de gerar soluções e garantir à população a melhor assistência, que é a vontade de Ricardo”.
APLP, gasolina e incêndio –
A coluna registra e-mail do professor Francisco Fernandes, da APLP, ainda sobre as motivações da radicalização da greve que se findou. Para o sindicalista, tudo caminhava para o final, quando o Governo cortou o ponto e causou ira em toda a categoria.
O desconto da discórdia –
“Os descontos foram feitos em contracheques de aposentados, de pessoas em licenças para tratamento de saúde, de prestadores e pro tempore (que só recebem salário mínimo). Aguentar calado tamanha mesquinharia”? Agora é torcer pela normalidade.
Lenha na fogueira –
Nem mesmo com o São João a pleno vapor, o prefeito Veneziano esqueceu de alfinetar o governador Ricardo Coutinho, relembrando a falta de apoio do Governo do Estado.
Deprimente –
Antes do início da plenária em Itabaiana, na sexta, a coordenação do Orçamento Democrático descobriu a orquestração de um esquema para tumultuar o evento.
Blasfêmia? –
A prefeita Dona Dida (PTB) tentou dissimular a autoria e atribuiu a culpa ao presidente da Câmara, Pastor Ronaldo. Acusação que abalou a fé da igreja do vereador.
Espelho, espelho… –
Zé Vieira, prefeito de Marizópolis, reinaugura esta semana casas já entregues pelo governador. Quer esquecer que um dia houve evento onde ele não foi a estrela.
Obstinado –
O vereador João dos Santos (PR) continua fazendo bateria de exames até que um médico ache doença que lhe faça se licenciar e abrir vaga para o suplente.
Teste de fogo –
Após as greves, os secretários Waldson Souza (Saúde) e Afonso Scocuglia (Educação) carimbaram o passaporte da titularidade. É só o que se comenta na ágora paraibana.
E naquela churrascaria… –
Acompanhado de amigos, o empresário Mercinho Lucena deliciava sem pressa encorpado vinho. Será que pensava no sabor de ter o pai mais uma vez prefeito?
Noutra mesa –
O binóculo da coluna avistou de longe o vereador Bosquinho (DEM) exercitando 2012. Em poucos minutos, cumprimentou umas 30 pessoas nas mesas. Só pra esquentar.
Tom & cor –
Na outra ponta (não é trocadilho), aquele jovem prefeito ostentava a companhia de uma bela loira. Alguém disparou: “E não era morena”? Pode ter pintado o cabelo, ora!
Agridoce –
Na mesa do centro, aquela senhora casada esqueceu da micro-saia, levantou para provar o sushi e provocou rebuliço geral. Alguns atrevidos quase ofereceram o hashi…
PINGO QUENTE – “Se o Estado não tinha dinheiro, era melhor ter ficado calado”. Do forrozeiro Tom Oliveira sobre a polêmica do forró de plástico, criada por Chico César.
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
OPINIÃO - 22/11/2024