João Pessoa, 30 de março de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Nove entre cada dez paraibanos apostariam tudo que José Maranhão, com a eleição para o confortável Senado aos 80 anos, ficaria acomodado, preocupado com a ocupação de espaços em Brasília e desfrutando das regalias no seu, presumido, último mandato de vida pública.
Ledo engano. Quem pensou que Maranhão não estaria nem aí para a política interna do seu partido quebrou a cara. A julgar pela mensagem das inserções do PMDB na televisão, o ex-governador mostra que está mais antenado do que nunca e focado na estratégia de ampliação de forças de seu partido.
O material veiculado – certamente orientado por Maranhão – dá um primeiro sinal. Ao invés da esperada centralização na figura do presidente, dono do mandato mais notável, a propaganda divide a cena entre as lideranças proeminentes do PMDB. De Veneziano Vital a Raniery Paulino, de Manoel Júnior a Trócolli Júnior.
A primeira estratégia é o da integração de um partido que viveu um dos seus maiores rachas, depois da fatídica e traumática convenção de 1998. O PMDB saiu de 2014 amargando dissidências e luta agora para se recompor, integralmente, o que não é uma tarefa das mais fáceis.
Além dessa tentativa, o acerto maior de Maranhão consiste no estímulo subliminar às candidaturas de Veneziano e Manoel Júnior, em João Pessoa e Campina Grande, respectivamente. Um pensamento inteligente; participar das eleições nos dois maiores colégios eleitorais é, no mínimo, fortalecer o partido e valorizar o passe, seja na costura de chapas, seja no segundo turno, e quem sabe, ganhar a eleição.
Com os fundamentos postos na mesa, Maranhão já cumpriu sua parte de dirigente partidário e abriu as veredas a serem seguidas pelos liderados. Com o passaporte na mão e passe livre, cabe agora a Veneziano Vital e Manoel Júnior, principalmente, pela ausência em João Pessoa, o dever de casa e à parte intransferível que lhes cabem.
Conselho de… – Se depender do parecer da ex-deputada e sub-secretária de Representação em Brasília, Nilda Gondim (PMDB), o deputado Veneziano Vital se mantém na Câmara Federal.
…Mãe – Lembrado como o nome mais forte da oposição em Campina Grande, Veneziano hesita a entrar na disputa. Para Dona Nilda, o filho deve cumprir o mandato, integralmente.
Batismo da obra – Quando for inaugurado, o Trevo que está sendo construído pelo Governo do Estado no bairro de Mangabeira não terá nome de nenhum ilustre paraibano, como se espera. A obra será chamada Trevo das Mangabeiras, em homenagem aos vários braços do bairro. Escolha e decisão pessoal do governador Ricardo Coutinho.
Sobra… – O HU de Campina Grande tem três máquinas de hemodiálise de última geração para atender, acreditem, dois pacientes renais agudos, de dois em dois meses.
…Falta – Enquanto isso, 112 paraibanos do Brejo estão em dificuldades para o tratamento em Guarabira. O serviço está ameaçado de suspensão, por falta de pagamento do Estado.
Herança – Suplente de deputado estadual, Charles Camaraense (PSL), novato na política paraibana, herdou o sobrenome do apelido do pai, famoso comerciante de Cuité.
Peculiaridade – O velho Antônio Camaraense já morreu, mas em vida cumpriu à risca o mandamento: “Crescei e multiplicai-vos”. Ao total, gerou 33 filhos, revelou Charles, à Coluna.
Euclidiano – Quebra-cabeça vivido pelo Professor Paiva na Câmara foi brisa perto do tema do livro que lança hoje, 18h, no Mag: Introdução à Programação, do Algoritmo às Linguagens Atuais.
Casa de ferreiro… – Se um Tribunal de Contas descumprir os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, com que cara julgará prefeitos e governadores pelo mesmo deslize administrativo?
Pelas beiradas – Como quem não quer nada, o presidente da Assembleia, Adriano Galdino (PSB), monta praça e vai ampliando suas bases em Campina Grande, onde teve 6.681 votos.
Por pouco… – …O deputado Inácio Falcão (PT do B) não se estranhou com a secretária Roberta Abath. Não gostou do tratamento dispensado à sua mulher, diretora do Hemocentro/Campina.
Isto é incrível! – Quase uma década depois, o tal RodoShopping ainda continua parado e quase coberto pelo mato. Uma obra que atravessou pelos governos de Cássio, Maranhão e Ricardo.
Intransitável – Para preservar a Barreira do Cabo Branco, a Prefeitura fez desvio nas imediações. Ok. Com as chuvas, a estrada alternativa de barro virou um intransponível lamaçal.
PINGO QUENTE – “Tem partido pequeno que fica pastando na eleição”. Do tesoureiro estadual do PMDB, Antônio Souza, sobre o fim das coligações proporcionais.
*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba.
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OPINIÃO - 22/11/2024