João Pessoa, 02 de junho de 2011 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Desde o primeiro dia que assumi a elástica responsabilidade desta coluna, na sucessão ao brilhante jornalista Rubens Nóbrega, conscientizei-me sobre o verdadeiro proprietário deste espaço: o amigo leitor que nos brinda diariamente com a retumbante audiência do Correio. Entre estes, há os que nos presenteia com a interação.
É o caso de José Gomes da Silva ([email protected]), há 30 anos militante da educação. Ele se apropria da coluna para refutar informação do secretário Gilberto Carneiro, para quem somente 15% dos professores aderiram à greve dos professores. “Na última assembléia da categoria, o resultado foi 7×5 a favor da paralisação, mas eles não aceitaram o resultado”.
E segue José: “A incorporação da GED ao salário base não tem nada a ver com aumento. Quarto, a gratificação de R$ 230,00 é um aumento entre aspas, pois se o professor adoecer não pode tirar licença, se o fizer perde; se ele tiver em vias de aposentadoria, não pode se aposentar. Perde também a gratificação”, frisa.
Continua: “Os aposentados ficaram a ver navios. Não sei se você sabe, nós temos dois tipos de aposentadorias, uma baseada no salário mínimo, e a outra é chamada de paridade; significa dizer que toda vez que o governo der um aumento o aposentado nesse sistema tem esse direito. Isso é lei, o que Ricardo fez? Não fez a lei ser cumprida, já que deixou o aposentado de fora. Não quero fazer julgamento de quem radicalizou ou não, mas não houve diálogo de ambas as partes”, finaliza José.
Palavra de Scocuglia –
Quem discorda de José Gomes é o secretário Afonso Scocuglia. Ele garantiu que em quatro meses houve oito reuniões entre Governo e representantes dos professores.
Verdade ou mentira? –
As entidades precisam responder: pela proposta do Governo, o menor salário do professor paraibano será de R$ 1.156? É isso mesmo ou é mentira do secretário?
Com a palavra, doutor Aristávora –
A coluna registra e-mail do médico Aristávora Fernandes ([email protected]) sobre a frase de sua autoria, sugerindo que a secretária Roseana Meira “conseguiu” unir a categoria. “Não percebo ironia na frase proferida. Se uniram sim, em suas reivindicações por melhores salários e condições dignas de trabalho…”.
Prática e discurso… –
“… Até porque nosso Governador e a Secretária de Saúde fizeram história através dos movimentos de classe, sempre buscando justiça, dignidade e igualdade. Portanto, hoje, são contraditórias suas atitudes e ações, quando confundem a população…”.
Uma dose de bom senso faz bem –
“… Culpando os profissionais da saúde, da educação e da segurança pública pelo caos que se encontra o Estado, esquecendo os compromissos com o povo…”. Nem a rispidez do Governo nem a chantagem dos médicos, doutor. O bom senso é o melhor remédio.
Interferência –
O vereador Fernando Milanez (PMDB) não gostou nadinha da “interferência indevida” da secretária Roseana Meira agora na tramitação de matérias na Câmara da Capital.
Seletiva –
A secretária enviou expediente à Mesa recomendando a reprovação de projeto do adversário Milanez e aprovação de proposta do aliado Bira. É mesmo estranho.
Mestre de obras –
O secretário Manoel Ludgério passou toda a manhã de ontem “pastorando” os peões nas obras da futura sede da Secretaria do Desenvolvimento da Articulação Municipal.
Abafado –
Walter Aguiar (secretário) e Luciano Cartaxo (deputado) têm o PT como ponto em comum, mas recentemente quase resolveram as diferenças no braço. Faltou pouco!
Inconformado –
O secretário da APLP, Fernando Lira, reagiu contra a decisão do TJ, que tornou a greve dos professores ilegal, e espinafrou. “O tribunal julga sem ouvir a parte contrária”.
Inócua –
É interessante quando os deputados sugerem retirar dos anais eventuais agressões proferidas. É como se pudessem apagar do tempo o que foi dito aos quatro ventos.
Destempero –
Pegou mal para o deputado Raniery Paulino (PMDB) chamar o governador de “louco”. Trócolli Júnior, apesar de também crítico adversário, repreendeu elegantemente.
Página virada –
Não perguntem nada ao vice-governador Rômulo Gouveia sobre o andamento da crise do PSDB. Sem qualquer apetite, o gordinho manda na bucha: “Já me livrei disso”.
Zen –
No meio da crise, os oposicionistas procuraram em vão o deputado Caio Roberto (PR). Cabeça fria, o menino de Wellington prefere passar ao largo das confusões.
Light –
Após o casamento, a deputada Daniella Ribeiro (PP) não descuida um segundo da forma. Tem evitado comidas calóricas e priorizado saladas. Greve de garfo.
PINGO QUENTE – “Retire, mas é o que eu penso no meu íntimo”. Do deputado Raniery Paulino (PMDB) sobre a proposta de retirada do termo doente mental usado por ele contra o governador.
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OPINIÃO - 22/11/2024