João Pessoa, 02 de abril de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O péssimo desempenho da presidente Dilma Roussef na pesquisa CNI/Ibope não surpreende nem aos moradores do Palácio da Alvorada. Até seu labrador, criado carinhosamente pela presidente para desestressar da nada mole vida de governante de um país continental como o nosso, sabe que a situação é dura de roer.
O nível de rejeição do governo reflete o sentimento de decepção com a sua gestão por setores que vão bem além do universo tucano. Não é coisa apenas de quem votou contra a petista em outubro passado, como insinua alguns deslocados ministros em seus frágeis sapatos altos.
E os números não mentem. 74% dos brasileiros, e não somente os 49% que votaram em Aécio Neves, não confiam mais na palavra de Dilma. Também pudera, a mulher rasgou todo o script montado por João Santana, o cérebro do governo e da Nação, poucos dias após o resultado das urnas.
Tudo que a presidente disse e prometeu, reiteradas vezes, nos debates e na campanha, foi por água abaixo. Do controle da inflação à preservação dos direitos dos trabalhadores, da negativa de aumento dos preços de combustíveis e energia à continuidade dos investimentos. Tudo virou risco n’água.
A reação do brasileiro não poderia ser diferente. É o sentimento de alguém que se sente enganado e vilipendiado na sua boa fé. A frustração atinge, principalmente, aquele que até se sentiu impelido no coração e na alma a optar pelos ventos da mudança, como a quadra sugeria, mas preferiu não trocar o certo pelo duvidoso.
A presidente terá um longo caminho a percorrer para recuperar seu prestígio perante o povo. Até aqui, a tentativa desesperada de startar uma nova forma de comunicação e de explicar o pesado ajuste fiscal imposto no bolso do cidadão não surtiu efeito. Já são 78% os que reprovam o modelo da presidente gerir o País. Como se vê, Dilma ganhou a eleição, mas perdeu a confiança dos brasileiros.
Popularidade…
Entre os eleitores que apostaram toda sua esperança em Dilma na eleição passada, a queda na avaliação positiva da gestão federal é gritante; de 63% para 22%.
…Em baixa
Outro dado sintomático: do universo pesquisado, somente 4% dos entrevistados acham que esse governo está sendo melhor que o primeiro. E era o que ela prometia.
Ricardo versus professores
O governador Ricardo Coutinho não dá qualquer sinal de abertura para novas negociações com os professores do Estado, em greve por aumento de 13%. “Não há clima para isso”, refutou o socialista, apontando um contexto de crise financeira nacional como uma realidade que torna o movimento inoportuno.
Pé no…
“Eu aumentei o piso salarial em 20%. Não tem estado que tenha conseguido dar isso”, argumentou o governador, chamando atenção para as limitações da folha de pessoal.
…Freio
No arremate, Ricardo não deixou margem: “Eu não sou e nem serei irresponsável. Não contem comigo para isso. Eu não governo uma folha de pessoal, governo um Estado”.
Se não por bem…
Sem mais espaço para diálogo, o prefeito Luciano Cartaxo (PT) anunciou corte de ponto dos professores grevistas e ameaçou procedimento contra recém-contratados.
Incoerência
“O PT foi quem mais liderou greve. Agora caiu a máscara do diálogo de vez”. Do vereador Raoni Mendes (PDT), da oposição, criticando a decisão da Prefeitura.
É dose!
Derrotado em 2014, o suplente Doutor Aníbal (PEN) é brasileiro e não desiste de voltar à Assembleia. Tenta convencer a deputada Daniella Ribeiro (PP) a uma licença.
Passando…
Crítico contumaz do governo do prefeito Romero Rodrigues (PSDB), o deputado Veneziano Vital (PMDB) considera “apática” a gestão do seu sucessor em Campina.
…Em branco
Para Veneziano, afora as “casas do conjunto Aluízio Campos, feitas com dinheiro do governo federal”, a administração tucana “não tem nada relevante a apresentar”.
Procedimento
Tem prazo de até 90 dias a investigação aberta pela Secretaria de Saúde de Campina para apurar morte de uma paciente no Instituto Elpídio de Almeida, em fevereiro.
Mexendo…
O vereador João Dantas (PSD), autor de projetos que instituem os dias do Treze e do Campinense, atiçou a rivalidade entre João Pessoa e Campina, na justificativa.
…Com os egos
“A Paraíba é o único estado do país em que os clubes de uma cidade do Interior são maiores e têm mais torcida do que os clubes da Capital”, ressaltou Dantas.
PINGO QUENTE
“Só faltou a 666, que seria a do Anticristo”.
Do deputado Benjamin Maranhão (SD), criticando as medidas provisórias 664 e 665, do governo federal, prejudiciais ao trabalhador.
* Reprodução Jornal Correio da Paraíba
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OPINIÃO - 22/11/2024