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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Decoro

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publicado em 27/05/2011 ás 06h42

Se o artigo 11º, parágrafo 2º, inciso II, do Código de Ética e Decoro Parlamentar, aprovado em 2003, estivesse em vigor na Câmara Municipal de João Pessoa, o parlamentar que praticasse ofensa física ou moral a qualquer pessoa, ou desacatasse por atos ou palavras um colega, seria devidamente censurado, por escrito, pela Mesa Diretora e ainda correria o risco de sofrer outras sanções.

Ou seja, nesse momento, ao invés de bate-boca sem futuro, vereador metido a bravo ou desrespeitoso estaria respondendo a processo disciplinar. Se assim fosse, o Legislativo pessoense estaria produzindo projetos e não brigas comezinhas que só denigrem a imagem do parlamento municipal e em nada melhoram a vida do cidadão.

Os últimos episódios com requintes de baixaria entre vereadores deveriam motivar o presidente Durval Ferreira a instalar de vez o Código de Ética, embora não fosse a serenidade e o espírito de magistrado de Durval a relação entre as bancadas poderia já ter descido ao abismo dos impropérios verbais.

Ao colunista, Durval anunciou a disposição de fazer o Código vigorar no segundo semestre, apesar de considerar certos embates verbais naturais. Certamente não incluiu nesse “pacote” o deprimente “arranca rabo” entre Raíssa e Eliza. É bom a presidência cuidar mesmo do decoro na Casa. Antes que o debate salutar das idéias dê lugar ao confronto físico. O contribuinte, patrão dos vereadores, não merece isso.

Segurança –
“A senhora vai levar algum segurança pra Câmara”? Pergunta da filha de sete anos minutos antes da mãe, vereadora Eliza Virgínia (PSDB), sair de casa pela manhã.

Briguenta –
Acusada de agressão verbal, Raíssa Lacerda (DEM) revidou. “Eliza briga com todo mundo. Só falta brigar com ‘Macaxeira’ (vendedor de lanche na porta da Câmara)”.

Novas regras e a esperança reacesa –
A redução das tarifas dos cartões de crédito, anunciada pelo Banco Central, mostra que ainda é possível acreditar na política. O primeiro passo das novas regras para as operadoras é fruto da causa levantada pelo ex-senador Roberto Cavalcanti (PRB), que teve coragem de entregar sugestão de mudança nas mãos do presidente Lula.

Prazo expirando –
Termina hoje à noite o prazo dado pelos cirurgiões do Trauma ao Governo, no pedido de demissão coletiva. O líder Lindolfo Pires (DEM) aposta no diálogo entre os médicos e a secretaria estadual de Saúde para construção do fim do impasse no Hospital.

Pés no chão –
Sete das doze regionais de ensino querem o fim da greve, segundo informou o presidente do Sindicato, Antônio Arruda. O dado revela que a categoria está inclinada a aceitar a proposta do piso (soma de salário e GED), mais a bolsa de R$ 230.

Cartada –
À coluna, o secretário Afonso Scocuglia considerou viável a proposta do Governo, a ser adotada via Medida Provisória, porque supera o piso em 30%. “É inédito no Brasil”.

Só a cereja –
O deputado Raniery Paulino (PMDB) minimizou o anúncio do Governo de construção da estrada Mulungu/Alagoinha, no Brejo. “Ele só vai botar a cereja no bolo”.

Lixo –
Os agentes de limpeza nem esqueceram os piquetes da última greve e já preparam novo movimento em João Pessoa contra os patrões. Alegam descumprimento de acordos.

O sonho de Zé
José Luiz Júnior (PSC), vice-prefeito de Campina, tem na ponta da língua a justificativa para sua pretensão de disputar a sucessão de Veneziano Vital. “É um sonho”.

Proteção aos bichos –
“Os animais também sentem sensações de angústia, medo e dor”. Do vereador campinense, Olímpio Oliveira, após aprovação de projetos de defesa animal.

Peitando –
O deputado Aníbal Marcolino arregaçou as mangas para novo embate com o presidente do PSL, Tião Gomes. Quer ser candidato a prefeito com ou sem o aval de Tião.

Viciado –
O vereador pessoense Bruno Farias (PPS) foi acometido da Síndrome do Twitter. Ontem, sentado no banco da igreja, ele distribuiu tuitadas no meio da missa.

Efeito Léo –
Deu no Diário do Sertão. O prefeito de Triunfo, Itamar Mangueira (DEM), pensa em renunciar. Em Marizópolis, especula-se a renúncia da vice, Juliene Vieira (PTB).

Não tira pedaço –
“Quando criança levei muitas varadas dos meus pais. Isso não tirou pedaço”. Do deputado Toinho do Sopão (PTN) que não vê problema no trabalho infantil.

Fogueira
Candidatos a cargos federais estão pressionando os padrinhos políticos pelas nomeações. Junho está chegando e tem gente querendo o dinheiro da pamonha.

PINGO QUENTE – “Quem anda de marcha ré é quem tem cabeça de dinossauro”. Do deputado Efraim Filho (DEM) em ataque à pré-histórica política do retrovisor do reino jurássico da Paraíba.

 

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